Não foram apenas as chuvas que prejudicaram o gramado do Castelão
Por: George Raposo
Os problemas de drenagem do Estádio Castelão causaram transtorno ao futebol maranhense com o adiamento de três partidas do campeonato estadual de 2016. Mas as causas não são só as chuvas que assolam São Luís nos últimos dias e sim a realização de muitos jogos no estádio ainda no primeiro semestre.
Sem contar com o Nhozinho Santos e o Dário Santos, em São José de Ribamar, os quatro clubes da Ilha (Sampaio Corrêa, Moto Club, Maranhão Atlético e São José) têm sido obrigados a mandar seus jogos no Castelão.
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Apenas no 1º turno do Campeonato Maranhense, 17 foram realizados no Gigante do Outeiro de um total de 30 partidas, ou seja, 56% dos jogos da competição. Para o 2º turno, estavam previstos mais oito jogos de um total de 16. Com a mudança do jogo entre São José e Imperatriz para o Dário Santos, serão sete jogos no Castelão. Ou seja, apenas no Estadual, deverão ser realizados entre 24 e 31 jogos no local.
Comparativo
Como comparação, em 2015 foram realizados apenas 12 jogos no Castelão dos 42 jogos realizados no Campeonato Maranhense, cerca de 28%. Vale ressaltar que o Expressinho mandou duas partidas no Nhozinho Santos e representou 4% dos jogos, enquanto o Dário Santos recebeu os seis jogos do São José (14%).
Em 2014, a situação foi ainda mais confortável para o gramado do Gigante do Outeiro, foram apenas 13 jogos realizados no Estádio, cerca de 22%. Naquele ano, o Nhozinho Santos recebeu 12 partidas, com um percentual parecido de 21%. Vale ressaltar que o São José mandou seus jogos no municipal.
A ausência de estádios alternativos na Ilha como o Nhozinho Santos e o Dário Santos têm gerado um problema para o gramado do Estádio Castelão. A expectativa é que a Prefeitura de São Luís consiga um plano emergencial para colocar o estádio municipal disponível para a Série D do Campeonato Brasileiro ainda em 2016 senão as condições do futebol maranhense tendem a piorar.