Abril já pode ser considerado o mês de um dos heróis mais conhecidos e celebrados das histórias em quadrinhos, o Capitão América. O personagem, criado nos anos 1940 por Joe Simon e Jack Kirby, é o protagonista do novo filme da Marvel, Capitão América: Guerra civil (que estreia no próximo dia 28 nos cinemas brasileiros, alguns dias antes do lançamento mundial), e é tema do livro A morte do Capitão América, que será lançado neste mês pela Novo Século, editora que publica desde o ano passado uma série de histórias romanceadas baseadas em HQs. As mais recentes são sobre a Guerra Civil, Deadpool (Deadpool: Dog park) e Homem-Formiga (Homem-Formiga: inimigo natural).
Capitão América é a alcunha adotada por Steve Rogers, um jovem que, apesar das debilidades, queria participar da Segunda Guerra Mundial e realizar o desejo de ajudar seu país após um experimento que o tornou um supersoldado. Desde os anos 1940, o personagem já ganhou diversas histórias em diferentes plataformas: quadrinhos, filmes, séries, animações e livros. Nos cinemas, o papel ficou eternizado pela atuação de Chris Evans, que retorna para mais um filme em Capitão América: Guerra civil.
Em A morte do Capitão América, o quadrinista nova-iorquino Larry Hama se baseou em uma série dos quadrinhos lançada nos anos 2007 e 2008, que, assim como no novo filme do super-herói, trata de acontecimentos da Guerra Civil, porém, o prisma será bem diferente do lançado nas telonas. “O arco da história percorreu mais de dois anos de continuidade dos quadrinhos, inclui incidentes, referências e outras questões da Guerra civil. Foi difícil adaptar mais de 800 páginas em 360 páginas no livro e ainda manter uma caracterização de ação e drama original”, explica Hama. A adaptação segue fielmente a ordem cronológica dos acontecimentos descritos nos quadrinhos. “Não deixei de fora nada grande e, de fato, foi necessário transformar algumas cenas em um pensamento de processo mais interno dos personagens para o formato de romance”, completa Larry Hama.
Diferentemente do longa-metragem, que mostrará um embate entre Capitão América e Homem de Ferro, o romance começa quando o soldado é levado em custódia pela S.H.I.E.L.D, agência fictícia que mantém a Terra salva de ameaças, e é assassinado pelo vilão Caveira Vermelha. Em razão do incidente, Tony Stark (que, no livro, é diretor da S.H.I.E.L.D.), Viúva Negra e Falcão tentarão desvendar o crime, enquanto Bucky Barnes, melhor amigo de Steve Rogers e Soldado Invernal, tomará uma atitude drástica. “Há sempre uma diferença na adaptação de uma história em quadrinhos para a tela do cinema, onde tudo precisa ser maior, mais rápido. Existe o fato de que os personagens precisam ser reconhecíveis. É preciso gostar do personagem para voltar a assistir a uma sequência”, analisa o autor sobre as diferenças entre a produção literária e a adaptação cinematográfica.