Prato simples de origem indígena, o beiju é feito da tapioca – fécula extraída da mandioca. Muito comum no café da manhã e lanche da tarde, e que remete a boas lembranças da casa dos pais ou dos avós, esse prato da culinária das regiões Norte e Nordeste, está ganhando cada vez mais toques de sofisticação. Já existem restaurantes especializados no produto que também faz parte da gastronomia maranhense. No cardápio, combinações que vão do simples beiju com margarina, blendes de carnes nobres acompanhado de molhos e queijos, até chutneys ou frutas in natura. Nesses estabelecimentos, o produto ganha requintes elaborados para uma refeição. Os valores dos pratos variam de R$ 5,00 à R$ 25,00.

Para quem não tem tempo ou não sabe preparar o tão desejado beiju em casa, há outras opções. É comum encontrar o produto em locais acessíveis a caminho do trabalho, da escola ou da faculdade. Lanchonetes, barracas, quiosques oferecem a iguaria a preços populares.

Há quase dois anos, todas as tardes, Maria da Conceição, 60 anos, vende seus lanches em uma universidade em São Luís. Seus clientes já cativos, nunca deixam de comprar.

“Vendo vários tipos de lanches, tortas, bolos, salgados, mas o campeão de vendas é mesmo o beiju. Mais barato, todos aproveitam para economizar e ainda ter um lanche da tarde mais saudável”, comenta a vendedora.

Simples ou elaborado, o beiju é uma ótima opção. Além de muito saudável e nutritivo, aos poucos o produto vem substituindo o pão. Um dos clientes de Maria, o técnico administrativo Sansão Hortegal, 30 anos, mantém sua dieta lanchando um beiju acompanhado por café.

“Além da comodidade na compra, porque ela vem nos vender, o beiju é um ótimo lanche, nutritivo, leve e saboroso. Seja com margarina ou com coco ralado”, comenta o técnico.

A receita é muito simples e pode ser feita em casa.

250g de tapioca, polvilho ou goma

1 colher de café de sal

1/4 de xícara de água (aproximadamente)

Pegue a farinha (tapioca, goma), o sal e ponha numa tigela.

Umedeça aos pouco com a água (pingue as colheradas), 1 colher de sopa de cada vez que for amassando.

Amasse bem antes de por outra colher de água.

Tem que ficar uma massa que ao apertar nas mãos não esfarele.

Mas se molhar demais ela “senta” e não pode ser peneirada.

Se molhar demais ponha mais um pouco do polvilho.

Peneire.

Ponha uma frigideira para aquecer, ponha umas 3 colheres da massa na frigideira quente, espalhe para fazer uma “panqueca”.

Cuide para que não queime em baixo.

Vire para assar o outro lado, ponha num prato e recheie com o que gostar.

Usa-se também recheios doces ou salgados, como a carne de charque desfiada ou presunto e queijo.