Para quem faz parte da comunidade acadêmica, e é talentoso ou talentosa na música, dança, teatro, literatura, ou outras formas de expressões artísticas um novo espaço está se abrindo para que esse talento venha à tona. O projeto cultural e de promoção de talentos Mostre sua Cara será lançado nesta quinta-feira, às 12h30, no Auditório Central da Cidade Universitária Dom José Delgado.
O lançamento faz parte da programação comemorativa ao Dia Internacional da Mulher e é realizado pela Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Empreendedorismo (Proexce), por meio do seu Departamento de Assuntos Culturais (DAC), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O Grupo Jazzencontros é quem vai fazer a abertura. A banda que faz jazz cantado, um diferencial dos demais grupos locais, vai presentear o público com um repertório jovial e de bom gosto.
O projeto é destinado à comunidade acadêmica da UFMA (servidores, professores, técnico-administrativos, aposentados e colaboradores da instituição) e as apresentações são abertas ao público em um espaço privilegiado. O projeto não tem caráter competitivo e a UFMA dará toda a estrutura e produção para que a comunidade universitária possa mostrar suas habilidades artísticas.
As inscrições podem ser feitas a partir de amanhã, pelo site cultura.ufma.br, onde contém o
regulamento. “O Projeto Mostre sua Cara visa incentivar a cultura e valorizar a diversidade artística, estimular a criatividade e a projetar novos talentos da comunidade universitária da UFMA na música, teatro, dança e performance poética”, destaca a diretora do DAC e coordenadora do projeto, Fernanda Pinheiro.
Esse projeto acontecerá uma vez por mês às quintas-feiras, e assim como o Cine Guarnicê, é aberto ao público. “Com esses dois projetos movimentamos a cena artística da Universidade. O Mostre sua Cara dá oportunidade para que a comunidade se expresse artisticamente. Temos uma curadoria que vai analisar as propostas que serão apresentadas, e para a abertura convidamos o Jazzencontros que tem uma boa proposta e também é formado por alunos da UFMA”, diz Fernanda Pinheiro.
Cantando o jazz
Desde 2013 uma banda vem encantando por onde passa. Formado por alunos e ex-alunos da Escola de Música e da Universidade Federal do Maranhão, o diferencial do Jazzencontros é fazer o jazz cantado. A cantora Gabriela Marques e o cantor James Pierre são os responsáveis por abrilhantar o delicado e afinado som dos instrumentos.
O grupo aparece com a proposta de fazer música instrumental, com destaque para criação por meio de arranjos e improvisos, mas com uma cantora que tem o desafio de improvisar com os demais integrantes. James Pierre, que em uma apresentação precisou substituir Gabriela, agradou tanto que acabou ficando também. “O grupo apresenta um trabalho inovador para o cenário musical maranhense por apresentar ao público o jazz cantado, estilo que, geralmente, é feito somente por grupos instrumentais”, disse Gabriela Marques.
Jazzencontros tem ainda o guitarrista Marcones Pinto, a violonista Glícia Lorainne, o baterista Francélio Cantanhede, o pianista Wesley Sousa e o baixista Paulo Pontes. Além do jazz, o repertório do grupo privilegia, também, releituras de músicas brasileiras, como samba, bossa nova e blues com versões cheias de originalidade. Entre os destaques do repertório estão as músicas, You go to my head, These Foolish things, Blue moon, Tenderly, Midnight sun, Summertime, New york, new york, Moon river, Blue skies e Lullaby of birland.
“Alguns dos autores que colocamos no nosso repertório são Ella Fitzgerald, Frank Sinatra, Tom Jobim, Ray Charles, que são tocados e cantados de forma jovial. Acho que por sermos um grupo jovem, por fazer jazz cantado e agora com a novidade que é a voz do James Pierre ao lado da Gabriela, as pessoas tem gostado muito das nossas apresentações e é uma honra fazermos a abertura desse projeto”, conta Glícia.
Para o futuro, a banda se prepara para gravar o primeiro disco, o processo ainda está no início.
2 perguntas//Glícia Lorraine
O que motivou vocês a formarem um grupo de jazz?
Nós éramos alunos da Escola de Música e também da UFMA e acabamos nos juntando pela afinidade que temos com o jazz. Nos juntamos com a Gabriela que ouvia e cantava jazz desde criança e resolvemos fazer o jazz cantado, que para a cena foi novidade e deu muito certo.
E o cenário é favorável?
Quando começamos as pessoas acreditavam menos porque era Jazz. Havia uma barreira. Só que por sermos um grupo formado por pessoas jovens, por sermos um grupo alegre fazendo Jazz cantado, isso foi bem recebido. Vimos que a letra aproxima as pessoas, pois aliamos a poesia com o instrumental. Acho que São Luís está se abrindo, ainda está no início, mas já observamos que portas estão se abrindo, outros grupos surgindo e dá um orgulho de ver que nosso grupo está crescendo.