Xama Teatro

Grupo de teatro representa o Maranhão no Palco Giratório 2016

O grupo Xama Teatro representando o Maranhão com o espetáculo A Carroça é Nossa

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Começa amanhã a 19ª edição do Palco Giratório, projeto realizado pelo Sesc, e que levará espetáculos culturais para todas as regiões do Brasil, passando por 145 cidades. O lançamento acontece em Salvador, no Teatro Sesc Senac Pelourinho, com apresentação do espetáculo Why The Horse?, de Maria Alice Vergueiro, do Grupo Pângeda de Teatro (SP). A peça é uma reflexão sobre a morte, em que a atriz reconhece em cena seu próprio e natural receio diante do fim. Aos 81 anos de idade, Vergueiro é a grande homenageada deste ano.
Vinte companhias participam do Palco Giratório 2016, entre elas, o grupo Xama Teatro representando o Maranhão com o espetáculo A Carroça é Nossa. Ao todo serão 728 apresentações artísticas, todas gratuitas, 1.325 horas de oficinas teatrais e passagem por 145 diferentes cidades. “Há 19 anos que o Palco Giratório cumpre a função de disseminar as artes cênicas, em diferentes manifestações e linguagens culturais. Trabalhamos a arte e a cultura em sentido amplo, apresentando desde a tradição mambembe, normalmente vinculada a gerações anteriores de atores que percorriam o Brasil, até espetáculos contemporâneos”, destaca Márcia Rodrigues, Gerente de Cultura do Departamento Nacional do Sesc.
Já consolidado no cenário cultural brasileiro, o Palco Giratório apresenta espetáculos simultâneos, percorrendo todos os estados brasileiros e contribuindo para uma política de descentralização e difusão das produções cênicas no país. A cada ano, novos grupos teatrais são avaliados para entrar no projeto, em um trabalho que envolve técnicos da área de cultura do Sesc em todo país.
Além das apresentações principais, o evento conta com atividades paralelas junto ao público, como o Pensamento Giratório, espaço aberto ao público para reflexão e discussão sobre o trabalho e pesquisa dos grupos itinerantes; as Aldeias, mostras locais de artes cênicas e outras manifestações culturais, além de Oficinas e Intercâmbios, encontros de grupos locais com os grupos integrantes do circuito para troca de ideias.

Números
Ao todo, em 18 edições, já foram 7.696 apresentações com 253 grupos de teatro de rua, circo, dança entre outras linguagens artísticas — em instalações do Sesc, praças e outros espaços urbanos. Mais do que entretenimento, essa iniciativa tem como objetivo não só a troca de experiências e vivências entre os artistas, mas também a difusão de montagens regionais pelo país afora, além de criar oportunidades de inserção de artistas, produtores e técnicos no mercado de trabalho.

Homenageada
Além de atriz, Maria Alice Vergueiro é pedagoga e professora. Ela integrou o Teatro Oficina, participou de suas montagens mais radicais (O Rei da Vela), fundou o irreverente grupo Ornitorrinco (com Cacá Rosset), interpretou as principais peças de Brecht (Mãe Coragem) e fez um extraordinário Beckett (Katastrophé, 1986), elogiado por críticos do porte de Alfredo Mesquita (1907-1986), que classificou sua atuação na peça de “espantosa”. “Sua história se confunde com a própria história do moderno teatro brasileiro. Ela é, sem dúvida, um dos grandes nomes das artes cênicas nacional e nada mais justo que prestarmos a nossa homenagem e reconhecimento”, reforça Márcia Rodrigues.

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