fusion cuisine

Fusão de receitas cria pratos inéditos em restaurantes especializados

As receitas elaboradas em restaurante de São Luís são alusivas a países latino-americanos, europeus e asiáticos

 

Risoto de camarão paraense

A mistura de receitas regionais, nacionais e in­ternacionais já faz parte do menu dos grandes restaurantes pelo mundo, inclusive, em São Luís. A chamada fusion cuisine ou simples­mente cozinha de fusão, que consiste em combinar paladares de várias partes do mundo e criar uma in­finidade de pratos, tem ganhado adeptos entre o pú­blico da cidade.

Especialista em utilizar ingredientes, pratos e téc­nicas gastronômicas de diferentes origens, o chef Allan Patrício, do Thai Cozinha Contemporânea e Japonesa, cita que explora a culinária de pelo menos dez países, entre la­tino-americanos, europeus e asiáticos. Segundo ele, em São Luís, ainda são poucos os restaurantes especializados. “O mara­nhense estava acostumado com bistrôs franceses ou comidas nor­destinas. O Thai surgiu com proposta inédita e foi imediatamente aceito pelo público da cidade”, conta.
Filet Oriente-Ocidente
A partir daí, o chef inovou em ofertar, periodicamente, pratos tradicio­nais e autorais, com traços da fusion cuisine. “A intenção é trazer ao cliente uma experiência gastronômica inédita em que na mesma garfada ele lembre um sabor de memória e perceba um sabor jamais experimentado”, explica.
Assim, a ideia de aproximar o público com gastronomia de outras praças rendeu pratos mensais no restaurante, fugindo um pouco das convencionais opções à la carte. Um exemplo é a “frigideira de mariscos”, em que a iguaria de mariscos refogados ao curry e flambados na cachaça, acompanhados de arroz de alho e servidos à frigideira, numa junção do paladar tailandês e brasileiro.
Natural de Belém, o chef também aproveitou para popularizar um prato alusivo à sua terra natal, o “risoto de camarão paraense”. E por falar em terra natal, o “bife ancho” — um dos cortes bovinos mais consumidos na Argenti­na — também entrou na lista de servidos, sendo rebatizado de “bife ancho do Madero”, em homenagem ao Puerto Madero, famoso ponto turístico em Buenos Aires, também conhecido pela rica gastronomia ofertada. O prato leva chimichurri (preparação de ervas frescas, similar ao vinagrete); batata de forno aromatizada com flor de sal e salsinha fresca. Detalhe da batata procedente da região da Cordilheira dos Andes.
Outra receita menos convencional e que foi muito bem aceita pela clien­tela é a do “filé de javali”, animal cuja carne é tradicionalmente consumida na França. De paladar diferenciado e servido malpassado, o filé leva molho de frutas vermelhas aromatizadas com azeite de zimbro, acompanhado de cuscuz marroquino de frutas secas e castanhas. Na França, geralmente, o prato é servido com legumes frescos.
O “Kari-Kari” — camarão enrolado com massa tailandesa de arroz, acom­panhado de arroz indiano, feito com leite de coco, coco torrado ao curry india­no — foi outro que fez sucesso no meio da clientela, segundo Allan Patrício. “São as tendências mundiais da gastronomia caindo no gosto do maranhense”.
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