Maranhão na Tela

Festival traz a diversidade do cinema para São Luís

Festival de cinema maranhense que acontece nesta semana exibirá o filme inédito Quase Memória, de Ruy Guerra, baseado em livro de Carlos Heitor Cony

Atrações Maranhão na Tela

Animações, pré-estreias, clássicos… serão 350 filmes e várias horas de exibição do dia 21 até o dia 26 de março. É o Maranhão na Tela que começa a oitava edição e será realizado no Teatro João do Vale e no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho. A solenidade de abertura será às 19h, no Teatro João do Vale, e logo após haverá a exibição do inédito Quase Memória, de Ruy Guerra, baseado em livro de Carlos Heitor Cony, com a presença de familiares do cineasta. Também será feita homenagem para o diretor Roberto Farias, um dos homenageados da Mostra que este ano, aliás, terá dois homenageados.

“Roberto Farias é um dos mais importantes diretores brasileiros. É uma honra tê-lo no Maranhão na Tela. Além do Pra Frente Brasil, serão apresentados sete filmes seus, entre os quais a trilogia com Roberto Carlos, todos com cópias digitalizadas”, afirma Mavi Simão, realizadora do festival. Roberto Farias terá Mostra de seis de seus filmes, e masterclass sobre sua obra.
Atrações Maranhão na Tela

Essa é uma das novidades. Além de Roberto, o cineasta maranhense Murilo Santos também será homenageadocom destaque para a filmografia dele e pelos mais de 40 anos de atuação no cinema e contribuição à produção. É a primeira vez que o festival vai homenagear dois cineastas e assim será, segundo a organização, nas próximas edições sempre com um cineasta nacional e um local.“Foi o primeiro nome que veio dada a relevância histórica dele para o cinema, apesar de ele já ter sido muito homenageado… E ele também vai dar um masterclass, tem histórias riquíssimas pra contar”, diz Mavi.

Outra novidade apontada por Mavi será a produção de uma carta feita em conjunto com associações e realizadores com proposições para o fomento do cinema maranhense a curto, médio e longo prazo. A carta será lida no encerramento do festival, consolidada em ata, e terá encaminhamento sólido para fortalecer as atividades desenvolvidas pelos produtores e realizadores no cinema. A cabine de cinema, para convidados, também foi uma inovação este ano com a apresentação dos filmes que farão pré-estreia no 8º Maranhão na Tela.
Esta edição, embora mais curta, segundo Mavi, vai exibir a mesma quantidade de filmes, capacitações e debates. O evento, já parte do calendário da cidade, vem com filmes inéditos e clássicos nacionais, mostra internacional de animação, competitiva local, uma retrospectiva do cinema maranhense e maratona de capacitação, além do Cine Café, a novidade do ano.
Entre os convidados confirmados, estão Janaína Guerra, produtora de Quase Memória, dirigido pelo pai Ruy Guerra e o ator Fernando Alves Pinto, protagonista de Para Minha Amada Morta, longa-metragem dirigido por Aly Muritiba e premiado no festival de Brasília, entre outros.
Animação

E a Mostra Anim!Arte, programa cativo do evento desde 2008, traz neste ano cerca de 300 curtas, todos inéditos em São Luís. Direcionada especialmente para o público estudantil, numa parceria com a rede pública de ensino, será exibida no Cine Praia Grande e no Teatro Alcione Nazaré. A mostra é coordenada por Alexandre Juruena e terá duas sessões pela manhã e duas à tarde.

Capacitação

Diferencial do Maranhão na Tela, a etapa de capacitação oferece ao público, gratuitamente, 10 cursos e uma oficina. Já estão confirmados, entre outros, o curso Desenvolvimento de série de ficção, com Angélica Coutinho, e a oficina Animação em 2D, com Alexandre Juruena.
O Maranhão na Tela é uma realização da Mil Ciclo Filmes, com patrocínio da Oi e da Rede de Óticas Diniz, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e apoio cultural da Oi Futuro. A edição deste ano apresenta seis programas: Festival Anim!Arte, Mostra Panorama Brasil, Mostra Homenagem a Roberto Farias, Cursos e oficinas, Mostra Maranhão de Cinema e o Cine Café.

No escurinho
Os inéditos do festival são Quase Memória, de Ruy Guerra, baseado em livro de Carlos Heitor Cony; Para Minha Amada Morta, de Aly Muritiba; Prova de Coragem, de Roberto Gervitz (com atuação da maranhense Áurea Maranhão) e Um filme de cinema, de Walter Carvalho.
A Mostra Maranhão de Cinema terá a apresentação de 36 filmes e está dividida em dois momentos: uma programação competitiva e uma retrospectiva de filmes que marcaram a produção maranhense dos últimos 40 anos, com destaque para a obra de Murilo Santos. A curadoria é de Mavi Simão, Josh Baconi e RaffaelePetrini, e apoio do Instituto Guarnicê e do Museu da Memória Áudio Visual do Maranhão (Mavam).
“Nesta mostra, temos 12 horas de produções maranhenses. Estamos vivendo um bom momento e precisamos valorizar isso”, explica RafaellePetrini, diretor do Cine Praia Grande e integrante da equipe de curadoria da mostra.
Para garantir a boa conversa depois do cinema, o 8º Maranhão na Tela apresenta o Cine Café, com uma dupla de profissionais da área e um mediador para debater temas ligados ao cinema. O programa terá 16 debates e vai ocupar a Galeria Valdelino Cécio (hall do Centro de Criatividade) durante todos os dias do festival, sempre às 18h.
Como o festival chega a essa oitava edição?
Com o compromisso de a cada edição procurar se superar, se consolidar. Fazer melhor do que no ano anterior e ter consolidado um perfil. Quem viaja para participar de festivais sabe que é importante que o festival tenha um perfil definido. Neste caso, de ter o foco na produção maranhense, no cinema maranhense. Acho que é o único que tem esse foco na maratona de apresentações. É um festival que age de dentro para fora. Serão 18 sessões de cinema maranhense.
Quais são as inovações?
Nós temos a retrospectiva do cinema maranhense dos últimos 40 anos com filmes da década de 70, um mosaico desse panorama histórico e relevante da produção maranhense; temos a homenagem a Murilo Santos, cineasta maranhense e daqui para frente teremos sempre dois homenageados; o Cine Café com dois debates por dia com dois convidados, temas específicos e café de verdade (risos), enfim, muitas novidades, porque apesar desta edição ser com menos dias, mas a quantidade de exibições é a mesma. Ah, também tem outra novidade, este ano a Áurea Maranhão e o Beto Pio irão fazer making off, entrevistas, coisas bem dinâmicas com o público.
Sobre a Mostra Competitiva que está no segundo ano…
É uma coisa muito interessante porque todos os realizadores fazem questão de assistir às produções dos outros. Este ano são 17 filmes competindo, um longa, um média e os demais curtas-metragem. De terça a sexta-feira, serão seis sessões diferentes, cada uma com filmes diferentes.
Qual o desafio de fazer uma Mostra dessas?
Todo ano é um desafio para que o festival fique mais consistente. A gente tem a expectativa de apresentar o melhor. Este é o primeiro ano que será feito em seis dias, então, precisamos concentrar a programação, mas terá o mesmo número de atividades. Está surgindo aí uma parceria com o Guarnicê de Cinema, pois no ano que vem o Maranhão na Tela faz 10 anos e o Guarnicê 40, então, vamos nos unir para buscar recursos, incentivos, porque não concebo que todos os anos esses festivais que já estão consolidados tenham que começar do zero.
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