O anúncio foi feito durante apresentação para representantes do Governo do Estado e investidores, na noite da última quarta-feira.

A apresentação foi coordenada pelo vice-presidente de Relações Externas e Comunicação, Henrique Rzezinski. Segundo o executivo, em dois anos de atuação no estado, a operadora investiu R$1,7 bilhão em suas atividades. “Investimos mais que o esperado, e já temos o resultado disso, mais de 8.4 milhões de metros cúbicos de gás serão produzidos, com os dois novos campos, até julho desse ano, um aumento de 60% do que era esperado”, conta Rzezinski.

A empresa, que sustenta o título de maior exploradora privada de gás em terra do País, com quase 100 poços em atividade no Maranhão, começou suas atividades no estado em 2009, quando adquiriu o direito de explorar gás em blocos terrestres na Bacia do Parnaíba. “Somos a segunda maior exploradora do segmento no Brasil, ficando atrás apenas da estatal Petrobras”, diz o executivo Henrique Rzezinski.

A área de atuação da PGN vai de campanha sísmica à produção de gás natural, um combustível fóssil cuja exploração vem sendo debatida em países com produção mais antiga, dado os impactos ambientais.

Para o Governo do Estado, os investimentos da PGN no Maranhão e sua produção energética “limpa e mais barata” vai ao encontro do “potencial maranhense” que a transforma em um “grande instrumento de desenvolvimento do estado”. O vice-governador, Carlos Brandão, pontua que 40% do gás produzido no Brasil é gerado no Maranhão.

“Hoje trabalhamos para trazer novos investimentos e a perspectiva de utilizar o gás nesse processo é muito grande. O trabalho da PGN acaba sendo um importante vetor de desenvolvimento do Maranhão”, comenta o vice-governador.

O gás de Gavião Vermelho, que está localizado no município de Capinzal do Norte, é produzido por meio de seis poços produtores. Os poços são interligados ao duto que escoa o gás produzido para a Unidade de Tratamento de Gás (UTG), em Santo Antônio dos Lopes.

Já o gás do campo de GVB, que se encontra em Lima Campos, é extraído por meio de oito poços. De lá, o gás é enviado para a Estação de Produção e Escoamento de Gás de Gavião Branco (EPGVB), também em Lima Campos. Depois de pré-tratado, o gás segue para a UTG, por meio de um gasoduto de aproximadamente 40km.

O gás produzido nos cinco campos da PGN são vendidos para a Eneva Energia, que o utiliza para gerar energia, tendo assim seu potencial econômico assegurado.

Quando de sua instalação a PGN chegou a gerar 1.600 empregos indiretos no Maranhão, hoje a empresa possui 39 funcionários e gera cerca de 160 empregos indiretos. “Cerca de 400 trabalhadores que estiveram presentes em nossas obras de instalação foram absolvidos em comunidades locais”, contou a assessoria da PGN em nota.

Segundo Rzezinski, o sucesso da atuação da empresa no Maranhão se deve também à sua presença sólida com ações que minimizem os impactos de sua implantação nas comunidades, e, ainda, ajudem a desenvolver as capacidades locais.

“O início das atividades nos dois novos campos marca o compromisso da PGN com a bacia do Parnaíba, e reafirma o compromisso com o Maranhão. Compromisso esse que vai além de apenas o cuidado em contratar trabalhadores das comunidades locais, passando por outras medidas sociais. Temos o compromisso de estimular o desenvolvimento econômico e social na região em que atuamos”, ressaltou Rzezinski.

Segundo a Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, o grande trunfo da PGN no Maranhão diz respeito ao seu modelo integrado de produção, que não necessita do uso de grandes malhas de transporte.

A PGN usa o método convencional de perfuração (de cada poço vertical derivam vários horizontais, em diversas direções) e instalou uma rede de usinas termelétricas próxima aos campos de exploração, garantindo, assim, que a energia gerada por elas seja escoada pelos sistemas de transmissão. A PGN, dessa forma, consegue monetizar sua produção e não sofrer com as oscilações do mercado de petróleo.

Entretanto, a exploração de gás na Bacia do Parnaíba sofreu debates em estados como o PI, onde a Assembleia Legislativa, ainda em 2014, abriu audiência pública com a presença de pesquisadores em energia para avaliar os riscos das concessões de blocos de exploração de gás em ambiente terrestre pela ANP.

A mesma discursão ainda está em vigor em países que já exportam, e diz respeito a possíveis contaminações do lençol freático, em decorrência da forma de perfuração. No dia 25 de fevereiro, o Brasil recebeu, através da Petrobras sua primeira remessa de gás natural produzido nos Estados Unidos, cujos preços praticados são menores que na Europa, segundo reportagem da Agence France-Presse.

O gás natural é um combustível fóssil que se encontra na natureza, associado ou não ao petróleo, formado por hidrocarbonetos com predominância de metano, e à temperatura ambiente e pressão atmosférica permanece em estado gasoso. Trata-se de uma importante fonte de energia para prover eletricidade e calor, além de ser utilizado como combustível em automóveis e como matéria-prima na indústria química. É um dos energéticos mais importantes do mundo, atrás apenas do petróleo e do carvão.

De onde ele vem?

O gás natural é encontrado no subsolo em rochas porosas, isoladas do exterior por rochas impermeáveis. Suas reservas podem estar associadas ou não a depósitos petrolíferos. É o resultado da degradação da matéria orgânica de forma anaeróbica oriunda de quantidades extraordinárias de microorganismos que, em eras pré-históricas, se acumulavam nas águas litorâneas dos mares da época. Essa matéria orgânica foi soterrada a grandes profundidades e, por isto, sua degradação se deu fora do contato com o ar, a grandes temperaturas e sob fortes pressões. (fonte: maisgasbrasil.com.br)