BAGAÇA

Conheça as cancões do novo álbum de Bruno Batista

Tem música dançante, tem romântica, tem música quase recitada, poesia e diversidade

Bruno Batista
Tem música dançante, tem romântica, tem música quase recitada, poesia e diversidade. Bagaça, novo disco do cantor e compositor Bruno Batista, será lançado oficialmente no próximo dia 22. Nesse dia o novo site do artista estará no ar, e lá o público terá à disposição o trabalho disponível para download gratuito e o início das vendas do CD físico. Posteriormente, o disco também estará disponível em todas as plataformas de streaming.
Bruno conversou conosco sobre o novo trabalho, o quarto da carreira e disse, entre outras coisas, que o disco veio com a vontade de se reaproximar do seu lado de compositor de canção, já que compõe desde muito novo.
“No Lá (disco anterior) eu investi na sonoridade, neste eu me reaproximo das canções. É um disco heterogêneo. Eu ouvi muita coisa quando componho acabo me abastecendo. É um disco de canções com mais diversidade, ao contrário de Lá (2014), que é mais homogêneo. Isso está bem evidente”, diz o artista. E está mesmo. Quem ouvir o disco encontrará letras bem encorpadas, como Bagaça, que dá nome ao disco; e melodias precisas e agradáveis apenas para curtir, ou para dançar, como Você não vai me esquecer assim.
O disco de 11 faixas tem pela primeira vez, composições em parceria. Paulo Monarco, Dandara, Demetrius Lulo, Zeca Baleiro e o duo maranhense Criolina dividem com Bruno a autoria de algumas canções.
Produzido pelo guitarrista Rovilson Pascoal, Bagaça foi gravado com participações do guitarrista Felipe Cordeiro (Nigrinha) e de Marcelo Jeneci. Nigrinha, música composta em parceria com Zeca Baleiro – entrou em rotação na web em 18 de fevereiro. A música-título Bagaça foi gravada com músicos da cena paulistana, como o guitarrista Gustavo Ruiz.
“O Felipe Cordeiro traz para a música o frescor do norte; o Marcelo Jeneci é um músico de quem sou fã e com quem já trabalhei antes; o Gustavo Ruiz é amigo, parceiro”, comenta Bruno.
A imagem de capa do álbum foi assinada pela fotógrafa Julia Rodrigues e arte de da capa por Paulo Bueno e Uibirá Barelli.
Clipe – Ainda não tem data marcada, mas em breve o artista também fará o lançamento oficial do clipe que foi gravado em São Luís da música Bagaça, parceria do artista com o cineasta Arturo Saboia. Segundo Bruno, um novo videoclipe, também com Arturo, está previsto para logo, logo. “Foi uma ótima experiência. O Arturo é uma pessoa amiga e de quem sou muito fã”.
Pernambucano criado em São Luís e radicado em São Paulo, o cantor e compositor Bruno Batista começou a chamar a atenção da imprensa e do público em 2011, quando lançou o CD Eu Não Sei Sofrer em Inglês, totalmente autoral. O álbum, que contava com a participação de Marcelo Jeneci e Tulipa Ruiz entre outros, recebeu prêmios e se destacava por aliar elementos tradicionais da música do Nordeste do Brasil com uma linguagem contemporânea.

Três perguntas//Bruno Batista
Como se deram as parcerias para esse CD?
Eu tinha a intenção de que cantaria o disco praticamente todo. No disco Lá eu meio que dividi com a Dandara e desta vez eu quis cantar o disco inteiro, tanto que a Dandara canta só em uma canção comigo (Turmalina). As participações ficaram mais na parte musical, como Marcelo Jeneci, Gustavo Ruiz, Felipe Cordeiro, uma associação de músicos por quem tenho grande admiração.

Você disponibilizou o download gratuito do disco no site. Isso não vai atrapalhar a vendagem?
Pode impactar, mas acho que o download é um caminho inevitável. Vejo como uma forma de atingir um público que eventualmente não tem dinheiro para comprar um CD. É dar acesso a essa música. Para o artista independente, como é o meu caso, o principal empecilho que temos é fazer a música se propagar, então a gente não pode abrir mão dessa ferramenta, porque uma coisa alimenta a outra. É claro que afeta a venda, mas o artista independente não pode se furtar disso.

E quando começa a turnê de divulgação?
Esse disco foi possível via Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão, com patrocínio da TVN, e o projeto contempla ainda uma turnê de shows por São Paulo, Rio de Janeiro, São Luís, Teresina e Porto Alegre. Então, está previsto para começarmos em maio por Teresina, depois São Luís e em seguida as demais. Depois disso vamos também para outras cidades.

Faixa a faixa por Bruno Batista

Bagaça (Bruno Batista)
“Música que escolhi pra abrir o disco. Desde o início, mesmo antes de começar a criar os arranjos, já sabia que ela abriria o disco, porque é uma música muito pessoal, importante para mim e diz mais ou menos da maneira como eu vejo o mundo. Então, já quisemos colocar essa faixa também para fazer abertura dos caminhos estéticos do disco… Então lá tem cordas, é uma música mais recheada de instrumentos, porque era algo que eu queria que acontecesse, algo que apresentasse como o disco seria. Eu gostei muito do resultado, acho que a gente conseguiu atingir o objetivo”.

Batalhão de Rosas
“Compus há algum tempo. Uma das duas que não compus especificamente para o Bagaça. Ela já existia desde a turnê do Lá, inclusive tem um pouquinho dos caminhos estéticos do Lá, por isso quase não entrava, mas conseguimos modificar um pouquinho no arranjo e adaptamos para a estética do Bagaça. É uma canção que fala de fé, também é pessoal, na primeira pessoa, tem um pouco de religiosidade e também tenho um apreço especial, tanto que a gente deu um jeito para ela entrar no disco”.

Caixa Preta
“Música super importante porque é a primeira vez que faço parceria em algum trabalho meu. Já gravei três discos e em nenhum deles tive canção em parceria, eram só autorais. Desta vez escrevi a letra, enviei pra Dandara, para o Paulo Monarco e Demetrius Lulo, que são meus parceiros na canção, e eles souberam extrair da letra exatamente algo que ela indicava: uma letra mais viril, mais sexual, até”.

Você não vai me esquecer assim
“É a outra música que não foi composta para o Bagaça, ela já tem uns cinco anos, era para ter entrado no Lá e não entrou porque a gente percebeu que não tinha muito a ver com a proposta do disco, mas desta vez como é um trabalho mais heterogêneo, com mais diversidade, a gente acabou incluindo. E nessa música, como em todas as canções ,a ideia inicial foi levantada em Itamambuca, no interior de São Paulo. Nós fomos lá para fazer uma imersão, criar os arranjos do disco, e aí a gente brincava que essa música tinha um pouco de praia e de bolero, então ela virou um bolero praiano”.

Guardiã
“Uma das músicas mais delicadas do disco, música de violão, algo que eu senti falta no Lá, que praticamente não tinha violão. Então eu quis resgatar um pouquinho das canções que eu componho basicamente no violão, quis investir nisso. Não tenho uma inspiração especial, mas ela tem um papel importante no disco que é retomar a presença do violão, instrumento que eu uso para compor”.

Turmalina
“Canção que fiz para o meu casamento, fiz para minha esposa e que inclusive cantei na cerimônia. Convidei a Dandara para cantar por ser tão delicada, ter algo de feminilidade, e como a Dandara é uma super parceira, não vi ninguém mais apropriada. Então não preciso falar da importância dessa música para mim e para o disco, porque ela ocupa um papel fundamental que é trazer uma leveza, uma canção de amor tradicional, genuína como deve ser uma canção de amor”.

Blockbuster
“Foi a última música a entrar no disco. Nós já tínhamos 10 músicas definidas, e quando já tinham acabado as gravações, apresentei a música para a galera e saiu um arranjo expresso, em 10 minutos já estava gravada. Foi super rápido, uma canção que a princípio não estaria no disco, mas senti que faltava uma música um pouquinho mais pra frente, para dar uma equilibrada no álbum. Uma música que saiu por último, mas que chegou para fechar a tampa do disco”.

Pra ver se ela gosta
“Essa música foi composta aqui em São Paulo. O Alê e a Luciana (dupla Criolina) vieram passar uma temporada aqui e a gente se encontrou várias vezes, saímos pra compor, fizemos várias músicas e uma delas foi essa. Sou super fã deles, eles são incríveis e pra mim foi um ‘prazersaço’ gravar uma parceria deles, registrar uma parceria nossa no disco”.

Nigrinha
“Também é talvez uma das músicas que me deu mais prazer no disco, porque é uma parceria com Zeca Baleiro, né, que é um super mestre, uma grande referência da música que eu faço. Essa música nasceu de uma conversa com um amigo maranhense aqui em São Paulo. Fiz a letra e mandei pro Zeca, em dois dias ele me mandou a música pronta. Ele mexeu um pouco na letra, depois eu também acrescentei uma outra parte com uma nova melodia, enfim, é uma musica que está tocando nas rádios aí em São Luís e em todo o país, e eu tenho o maior prazer de fazer música com identidade, com a participação do Felipe Cordeiro nas guitarras e que deu um balanço todo especial para música, e sobretudo a parceria com Zeca Baleiro”.

A teia
“É uma canção também pessoal, intimista… eu tenho uma queda por canções mais deprê, com caráter mais intimista, mais reflexivo e acho que A Teia ocupa esse papel no disco. Canção também que fala de amor, das angústias e de questões existenciais enfim, eu quis colocar no disco justamente por isso, por ser um tipo de canção que gosto de fazer e de ouvir e que eu achei que precisasse”.

A ilha
“É uma ode a São Luís que é minha cidade, uma cidade que tenho uma relação profunda. Amo São Luís demais e ao mesmo tempo percebo todos os problemas e tudo que a cidade poderia ser e que não é. Cito vários personagens da cidade, várias passagens históricas. É uma das canções mais importantes do disco, porque é uma canção em homenagem à cidade que tanto amo e que tanto problematizo também”.

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