NAS QUADRAS

A rivalidade mais secreta do tênis

Para quem pensa que Roger Federer, Rafael Nadal e Andy Murray são ameaças para Novak Djokovic está errado. O nome da vez é Stanislas Wawrinka, atual campeão de Roland Garros

MELBOURNE, AUSTRALIA - JANUARY 14:  Novak Djokovic of Serbia talks with Stan Wawrinka of Switzerland during a practice session ahead of the 2016 Australian Open at Melbourne Park on January 14, 2016 in Melbourne, Australia.  (Photo by Michael Dodge/Getty Images)
A resistência de Novak Djokovic no topo do tênis mundial parece não ter fim. Os três membros do Big Four (Roger Federer, Rafael Nadal e Andy Murray) não conseguem segurar o ímpeto do sérvio de 28 anos na primeira posição do ranking da ATP.

A realidade é que o jogador mais perigoso para o sérvio não está no celebrado trio. O atleta com mais potencial para derrubar o reinado de Djokovic é Stanislas Wawrinka. O atual campeão de Roland Garros é uma ameaça para as conquistas do número 1. O que Wawrinka está pensando para essa temporada?

O jogador alterou sua tabela para não jogar no saibro da América do Sul e esteve em Dubai, junto com Djokovic. O sérvio acabou abandonando a competição e o suíço foi campeão vencendo Marcos Baghdatis na decisão. Wawrinka vive uma situação diferente no circuito. Não é considerado parte do Big Four, mas também não pode ser colocado no grupo de jogadores abaixo dele. Os dois Grand Slams (Australian Open 2014 e Roland Garros 2015) do suíço o deixam sozinho nos grupos do tênis.

Tomas Berdych e Kei Nishikori chegam a um nível próximo ao dele, mas não venceram um Slam. Por outro lado, do Big Four, apenas Murray está próximo do que Wawrinka fez.
Em 23 partidas, Djokovic venceu 19 partidas. Porém, das últimas seis, Wawrinka conseguiu duas vitórias. Concordamos que os números não são nada empolgantes. Roger Federer tem um recorde melhor contra o sérvio desde 2014. O detalhe dessa história é: Federer sofre demais contra Djokovic em partidas de cinco sets. As duas últimas vitórias de Wawrinka contra Nole foram exatamente nessas condições. “Em Grand Slams, quando eu jogo contra Djokovic, eu apresento meu melhor tênis”, afirmou Wawrinka durante o torneio de Dubai. “A força do meu backhand, meu jogo na linha de base e o forehand me fazem jogar bem. Eu me sinto confortável para vencer”.

Wawrinka assume que o crescimento de sua confiança vem do épico jogo contra Djokovic no Australian Open de 2013, quando o sérvio venceu por 12 a 10 no último set. Nessa partida, Wawrinka aprendeu muito sobre seu tênis. Levou várias lições daquela partida que continuam o acompanhando. “Eu estava lidando comigo por cinco horas, tentando arranjar soluções para lutar contra Djokovic e comigo mesmo. Eu fiquei muito chateado de perder aquela partida, mas hoje sou mais positivo do que negativo”, afirmou.

Desde então, Wawrinka passou a ‘buscar mais soluções’ para conseguir vencer suas partidas. É uma parte crítica, mas a melhora do seu jogo: o backhand com uma mão. E isso transformou o suíço em um jogador letal, com força mental e física. Djokovic sabe que Wawrinka fica mais inspirado em jogar nos Slams. E isso faz uma diferença absurda nas partidas. “Quem vai piscar primeiro?”

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