RIO 2016
Técnico roda o mundo para reerguer atletismo do Brasil
Ele agora é peça-chave de um grupo que monitora de perto todos os potenciais medalhistas e finalistas na Olimpíada deste ano
Carlos Alberto Cavalheiro, treinador-chefe das equipes de velocidade e do revezamento 4x100m do Brasil, ex-velocista e famoso por guiar Robson Caetano ao bronze nos 200m em Seul (CDS), em 1988, o Beto, ganhou novas funções após uma série de conversas entre o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Ele agora é peça-chave de um grupo que monitora de perto todos os potenciais medalhistas e finalistas na Olimpíada deste ano.
“No Brasil, tenho ido a São Paulo (capital), São Caetano, Valinhos, Campinas… Vou ver qual é a necessidade do atleta, saber se precisam de uma atenção especial, de uma fisioterapia”, explicou o técnico de 60 anos, que embarcou domingo para Varsóvia (POL) para visitar o varista Thiago Braz e, depois, se encontrar com Rosângela Santos (100m, 200m e 4x100m), em Berlim (ALE).
No Pan do Canadá, o Brasil teve só duas medalhas de ouro, sendo que uma, com Adriana Aparecida na maratona, veio após a peruana Gladys Tejeda ser flagrada no exame antidoping.
Na China, apenas Fabiana Murer, do salto com vara, foi ao pódio (com a prata). As partes evitam falar em erro de planejamento, mas o próprio COB exigiu mudanças visando um melhor desempenho no Rio.
A contratação de Cavalheiro pelo Comitê aconteceu no início do ano passado, embora seu nome apareça nas fichas da delegação brasileira em competições, tanto como membro da entidade quanto da CBAt.
Inicialmente, ele foi apresentado como coordenador, e trabalharia apenas com os atletas de pista. Dentre as novidades pós- Pequim, está a nomeação como treinador-chefe de velocidade e a missão de monitorar melhor os destaques do país, independentemente do tipo de prova.
O carioca treinou a Seleção Brasileira nos Jogos de Barcelona (ESP), em 1992, Atlanta (EUA), em 1996, e Atenas (GRE), em 2004. Ainda trabalhou no Uruguai e Equador, antes de se mudar para o Qatar, onde ficou por uma década e desenvolveu trabalhos na captação de talentos, uma das grandes lacunas do Brasil hoje.
O COB espera que ao menos 50% da delegação do atletismo atinja ou supere na Rio-2016 a sua melhor marca pessoal na carreira. No Mundial de Pequim, um fato que ligou o sinal de alerta foi que só um brasileiro, João Vitor Oliveira (110m com barreiras), melhorou seu recorde
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