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Presidente participa de seminário da CBF

Marcelo Filho, segue no Rio de Janeiro participando do Seminário Internacional de Arbitragem

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O presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol do Estado do Maranhão Marcelo Filho, segue no Rio de Janeiro participando do Seminário Internacional de Arbitragem, que está sendo promovido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pela Escola Nacional de árbitros de futebol (ENAF).

A segunda-feira, foi um dia recheado de assuntos e muito debate na sede da CBF. Pela manhã, quem abriu os trabalhos foi o ex-chefe do departamento de arbitragem da FIFA, José María García-Aranda. Ele falou sobre os procedimentos de seleção de árbitros. Sua fala foi seguida de um debate caloroso entre os presidentes de comissões estaduais de arbitragem, responsáveis por esta etapa de formação.

O tema que veio logo a seguir é polêmico e exige atenção contínua: manipulação de resultados. Thiago Motta, procurador do STJD, ressaltou as ações constantes e esforços realizados tanto no Brasil, quanto no exterior, para coibir esta prática. Ele foi claro ao dizer que o árbitro não é o único a ser aliciado nestes casos – os jogadores também podem estar envolvidos – mas cabe a eles estarem prontos para resistir aos manipuladores.

Edson Rezende, ex-árbitro e corregedor de arbitragem da CBF, foi mais além. Em sua função, ele precisa estar de olho nestas questões que envolvam a manipulação de resultados, mas também a falhas nos quesitos técnicos, físicos e administrativos. Os dois também responderam uma série de perguntas.

Após o almoço, a prevenção de lesões foi o tema que reiniciou os trabalhos no auditório da CBF. O programa elaborado pela FIFA, 11+, foi abordado como principal responsável por ajudar os árbitros na preparação física para as partidas. Para se ter uma ideia da importância deste trabalho, na Copa do Mundo da Alemanha (2006), quando não havia prevenção de lesões específica para árbitros, foram 11 lesionados, entre jogos e treinamentos. Já na Copa da África do Sul (2010), com ações ainda incipientes, foram quatro contusões. No Brasil (2014), com o programa estabelecido, apenas uma.

Uma das maiores novidades do dia ficou por conta do analista de desempenho das Seleções Brasileiras, Maurício Dulac. Ele ajudou a explicar o funcionamento de um software para scouting, ou coleta de dados, em bom português. A ideia é acoplar vídeos aos números e estatísticas do jogo (ex. faltas marcadas) para análises e estudos posteriores.

Presidente da Comissão Nacional de Médicos do Futebol, Jorge Pagura também foi convocado para falar de um assunto sério: as lesões decorrentes de choques na cabeça e o pronto-atendimento durante as partidas de futebol, responsabilidade que também passa pelas mãos do árbitro, que deve estar preparado para fazer a leitura dos lances.

Ana Paula de Olivieira, ex-árbitra assistente e atualmente no quadro da Comissão de Arbitragem da CBF, e Valesca Araújo foram as penúltimas a subirem ao palco do Seminário. Elas foram enfáticas ao sugerir alternativas para a arbitragem feminina, como mais espaço em competições de base.

Para fechar este segundo dia de trabalhos, Manoel Serapião, responsável por desenvolver o projeto do Árbitro de Vídeo, iniciativa da CBF, explicou, ponto a ponto, o quão positiva é esta ideia para o futuro do futebol brasileiro e mundial.

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