ALÉM DOS TRAÇOS

Jovem desenhista faz de suas produções um caminho para chegar a faculdade

“Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo, e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo, corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva”.

Foto: Honório Moreira/OIMP/D.A Press.


Honório Moreira/OIMP/D.A Press

Joadson é formado em desenho artístico e pretende cursar Arquitetura

Quem nunca ouviu esta letra Aquarela de composição de Toquinho, que conta diferentes formas de fazer um desenho? A canção identifica bastante o desenhista Joadson Santos, de 20 anos, que descobriu o amor pelas formas ainda criança, aos sete anos de idade, através dos trabalhos escolares. E para o início ele conta que a experiência não foi muito boa.
“Foi na escola, que a professora pediu para fazer uma bandeira do Brasil, e de todos os desenhos o meu ficou o pior. Então fui vendo outros desenhos e treinando, meus pais me incentivaram bastante e depois meus colegas começaram a dizer que estava bem legal o meu trabalho”, contou.
Mas na verdade o era talento se tornou um verdadeiro dom, que Joadson foi descobrindo aos poucos. Para se qualificar fez um curso de Desenho Artístico.
Os trabalhos que produz são da figura humana, paisagismo, natureza morta e até desenhos de veículos. O principal material é o lápis de cor e borracha. Mas, ele inovou também fazendo desenhos com carvão.
Para a realização desse trabalho é necessário muita paciência e amor, algo que o artista garante ter de sobra. Para desenhos de pessoas a duração em média é de três horas, mas segundo ele tudo depende do tipo de desenho, pois tem aqueles que são mais detalhistas e por isso demoram mais. Algumas das produções que já fez reproduz a imagem de celebridades como a apresentadora Angélica, do maior ícone do reggae Bob Marley e o cantor de rock nacional Chorão, da banda Charle Brow Junior.
Joadson é formado em desenho artístico e pretende cursar Arquitetura

O desenhista contou que muitas pessoas procuram seu trabalho para desenhos de família e de parentes já falecidos. “É uma forma que eles têm de relembrar a vida dessas pessoas.

Geralmente quem procura pede para fazer desenhos de um avô que já morreu, pai, depois elas colocam no quadro”, contou. Os trabalhos realizados variam de R$ 30 a R$ 150, depende da dificuldade que o artista vai ter em realizar o desenho. O dinheiro é uma forma do jovem artista de pagar a tão sonhada faculdade de arquitetura.
“Apaixonei-me pela arte, não me canso de fazer desenhos, faço naturalmente. Mas quero também fazer a minha faculdade de arquitetura. Estou buscando emprego, precisando de uma ajuda, para divulgar meu trabalho”, ressaltou.
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