Três meses após a estreia no cinema, chega à televisão fechada brasileira o documentário Malala, que conta a história da jovem paquistanesa Malala Yousafzai, a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz. O longa-metragem, dirigido por Davis Guggenhein, será exibido nesta segunda-feira (29/2), às 20h30, no NatGeo.

Idealizado inicialmente para ser um filme com atores, o diretor Davis Guggenhein ao lado dos produtores Laurie MacDonald e Walter Parkes se encantaram com a história da menina — que continua até hoje lutando pela educação das meninas no Paquistão por meio da Fundação Malala mesmo após ter sido baleada aos 15 anos pelo Talibã em outubro de 2012 por defender, ao lado do pai, a mesma causa — e decidiram fazer um documentário. A produção tem como base a vida de Malala e também o livro autoral lançado em 2013 e coescrito com a jornalista britânica Christina Lamb, a obra Eu sou Malala — A história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã, que vendeu mais de 100 mil cópias só no Brasil.

O pai de Malala, Ziauddin Yousafzai, conta que desde o lançamento do livro muitos cineastas e produtores procuraram a família para transformá-lo em filme. Eles decidiram pelo trio que ficou a cargo do documentário Malala, lançado em novembro do ano passado nas telonas. “Eles queriam retratar a vida real. Davis respeitou nossa cultura, privacidade e tradições. Ele se tornou parte da família”, revela.

No filme, a história da jovem, de agora 18 anos, é retratada: os fatos que o mundo conheceu sobre ela unidos a relação com a família, que Malala credita no filme como o motivo de ter se tornado uma grande líder. “Malala cresceu de forma positiva, em um ambiente rico e por isso ela é cheia de valores e se importa com as pessoas e respeita os outros. É importante quando você respeita os direitos dos humanos dentro da família. A mudança que você quer ver no mundo tem que começar na sua casa com a sua família. Então, eu comecei com a minha família”, diz o pai Ziauddin Yousafzai.