CBF veta Estádio Mané Garrincha como casa do Flamengo em 2016
Presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, queria que o Mané Garrincha fosse a casa do rubro-negro em 2016, mas secretário-geral da entidade, Walter Feldman, argumenta que time teria de negociar jogo a jogo
O técnico do Flamengo, Muricy Ramalho, já havia ventilado a hipótese depois da vitória do rubro-negro sobre o Fluminense em Brasília, e o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, esteve em Brasília na tarde desta sexta-feira (26/2), ratificar o acordo com o GDF: o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha seria a casa do Flamengo no Brasíleirão 2016.
Apesar de a conversa com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, ter corrido sem problemas, o animado Bandeira de Mello que entrou no gabinete do governador não foi o mesmo que saiu. Informado que a CBF vetou a “transferência de domicílio”, Bandeira disse à saída: “A CBF vetou, depois de quase um ano acenando positivamente. Agora, vi que a CBF compactua com os mesmos princípios da Federação do Rio de Janeiro. A diferença é que não xinga a mãe dos outros”, criticou, em entrevista ao Correio, lembrando um desentendimento com o presidente da Ferj, Rubens Lopes, na reunião de conselho arbitral do Carioca do ano passado e referindo-se à guerra política que o clube trava com a Federação do Rio. Para o presidente do Flamengo, o não a Brasília é uma prova de que a CBF está incomodada com o clube.
Segundo o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, porém, a versão é outra. Também em entrevista ao Correio, o dirigente explicou que o Flamengou pediu para jogar as 19 partidas a que tem direito de mando no Brasíleirão em Brasília, mas que isso não é possível, de acordo com o Regulamento Geral das Competições. “Consultamos o jurídico e, do ponto de vista legal, isso não é possível. Para jogar fora do estado, o Flamengo precisa da concordância dos adversários, isso está previsto no Regulamento Geral das Competições da CBF. Se houver um acordo jogo a jogo com a federação carioca e o adversário…”, explicou Feldman.