Depois de cinco dias intensos de festa, o desfile das tribos de índios, blocos afros e o show “Baile Popular” na avenida, com as bandas Lamparina, Mano Bloco e Bicho Terra encerraram a programação da Passarela do Samba Chico Coimbra, nessa terça-feira, dia 09, no Anel Viário. A festa da passarela foi realizada pela Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), governo do Estado, a Liga das Escolas de Samba e demais agremiações folclóricas e culturais do Maranhão (Liesma), da Associação Maranhenses de Blocos Carnavalescos (AMBC), da Academia dos Blocos Tradicionais do Estado do Maranhão.

Em seguida, a passarela foi tomada pela passagem dos onze blocos afros, espalhando música com tambores, abês e agogôs toda sua matriz cultural. O primeiro a desfilar foi Akomabu, com 33 anos de tradição, seguido do Juremê. Em tons azul e amarelo, o Abibimã cantou ‘Chica Preta é nossa Diva, Mãe do coração”. Dando sequência ao desfile dos Blocos Afros, o grupo GDAM com sua indumentária vermelha, laranja e verde entoavam “O balanço da mina do meu Maranhão”, fazendo alusão ao tambor de crioula. Os grupos Abiyêyê Maylô, Didara, Garotinhos Beleza, Netos de Nanã, Omnirá e Oficina Affro também passaram pela Passarela do Samba Chico Coimbra, com marcação forte e passos bem ensaiados finalizando a última noite de desfile.

“O trabalho foi desenvolvido com coerência e em conjunto entre a Prefeitura e o Governo, e, o público aceitou, concordou e abraçou todas as programações realizadas. Só podemos parabenizar ao público do Maranhão por ter respondido positivamente”, destacou Socorro Araújo, secretária municipal de turismo.

Foram quase 80 agremiações, entre tambor de crioula, blocos tradicionais, blocos organizados, turmas de samba, escolas de samba, tribos de índios e blocos afros que desfilaram pela avenida ao longo de cinco dias, e com muita alegria levaram para o público toda a riqueza das manifestações culturais do Maranhão. Ao final da noite, os grupos Lamparina, Mano Bloco e Bicho Terra convocaram todos os foliões para dançar e animar a passarela, encerrando a programação com o grande “Baile Popular”.

“Chegamos até aqui muito felizes em comemorar e encerrar este carnaval de maneira saudável, alegre, com harmonia e em paz! Agradecemos a todos! E vamos continuar a festa!”, disse empolgado Marlon Botão, secretário municipal de cultura.

A Secult realizará nesta quarta-feira, dia 10, às 14 h, no Cine Teatro da Cidade (Rua do Egito, nº 244, Centro), a apuração oficial dos resultados do Carnaval 2016. Serão conhecidos os blocos tradicionais, blocos organizados e escolas de samba vencedores dos desfiles que foram realizados na Passarela do Samba Chico Coimbra, Anel Viário, nos dias 6, 7 e 8 de fevereiro.

O sucesso da festa é revelado pela forte presença do público que, todos os dias, esgotou os ingressos, lotando as sete arquibancadas, trinta e dois camarotes e espaço exclusivo para pessoas com deficiência, mobilidade reduzida, cadeirantes, gestantes e idosos. O “Carnaval de todos” 2016 teve um público estimado em mais de 80 mil foliões durante os cinco dias de desfile na Passarela do Samba Chico Coimbra.

“A organizacao está de parabéns, a estrutura está muito legal, a organizacao das brincadeiras, das escolas de samba. A seguranca do local também foi um diferencial para que nós pudéssemos nos divertir com tranquilidade. E acredito que se aumentar a estrutura, o publico tende a cada vez mais, valorizar o carnaval da Ilha”, disse o geografo Tiago Diniz.

“O Carnaval da passarela do Sambra foi muito bom. Vim este ano todos os dias e pude constatar que estava bem organizado, com assessibilidade, familias inteiras se divertindo com segurança. Com certeza foi um melhores dos pontos da folia da capital”, contou Madoson Fernandes.

Serviços

Enquanto acontecia a programação, estandes montados pelas secretarias de Saúde faziam campanhas de conscientização e distribuição de preservativos femininos e masculinos. Foram distribuídos 10.000 mil kits preservativos e mais de 140 testes rápidos de HIV.

Além do posto de testes emergenciais, um Hospital de Campana foi instalado do lado de fora da Passarela e mais de 300 atendimentos emergenciais foram realizados, com apenas uma remoção. A enfermeira responsável, Morete Nunes falou da importância desse hospital em eventos como este. “O Hospital de Campana vem para fazer um trabalho pré-hospitalar, onde o paciente pode ser encaminhado ou seguir em frente com o atendimento que damos aqui, e evitar a sobrecarga dos hospitais”.

Números da Passarela do Samba

– 80 mil pessoas passaram pela passarela nos cinco de dias de festa
– Mais de 80 grupos fizeram parte da programação
– Mais de 2000 profissionais diretamente e diariamente envolvidos no apoio de infraestrutura da passarela, nos serviços de segurança, saúde, limpeza, vigilância sanitária, trânsito e transporte, entre outros
– Mais de 300 atendimentos no Hospital de Campana
– 10.000 preservativos e lubrificantes distribuídos
– Mais de 2000 preservativos femininos distribuídos
– Mais de 140 testes rápido de HIV realizados