Viviane Araújo celebra pomba gira na Sapucaí e rebate preconceito
Rainha de bateria do Salgueiro presta homenagem a Maria Padilha;
Viviane Araújo foi estrela incontestável no ensaio técnico do Salgueiro nesta segunda-feira, 25. A modelo e atriz é rainha de bateria da escola carioca, que neste ano traz enredo sobre a Ópera dos malandro, prestando homenagem a Zé Pelintra e outras entidades de religiões afro-brasileiras. Com suas curvas exuberantes e samba impecável, Viviane foi incumbida de representar, na avenida, Maria Padilha — a mais celebrada entre as pomba giras, representantes do feminino no espiritismo.
Viviane ainda usou o texto para posicionar-se em relação à discriminação contra as religiões afro. “O mal das pessoas é achar que fora das igrejas, dos templos ou qualquer recinto que você pratique a sua fé, não tem Deus. É por isso que ainda há muita intolerância religiosa por aqui, não é discriminação, é ignorância. Posta textos gigantescos pra terceiros e não tem a capacidade de ler um artigo para adquirir sabedoria? Desculpa mas não consigo lidar com isso”, repreende o desabafo.
No Brasil, o candomblé, a umbanda e outras religiões de raíz africana aliam ícones do continente às manifestações locais de fé, a exemplo dos espíritos cultuados pelas populações indígenas. No senso comum, por muitos anos, estas religião foram equivocadamente associadas a práticas negativas ou maldosas, resumidas como “macumba”. Por isso, ainda hoje, elementos da espiritualidade afro-brasileira são rejeitados por parte da população que desconhece os preceitos religiosos.