A vitória tranquila no pri­meiro set parecia apontar para uma classificação sem sustos. A França ha­via chegado à final do Pré-Olím­pico da Europa sem ter sofrido uma derrota sequer. Mas o time de Earvin Ngapeth, sensação de 2015, acabou sendo surpreendi­do pela Rússia. Neste domingo, em Berlim, os atuais campeões olímpicos deixaram para trás as seguidas decepções que vive­ram neste ciclo, superaram as ausências de Muserskiy e Spiri­donov e garantiram a vaga nas Olimpíadas do Rio: 3 a 1 (14/25, 25/16, 25/23 e 25/21).

Até agora os classificados no masculino são: Brasil (país-se­de); Estados Unidos (campeões da Copa do Mundo); Itália (vice-campeã da Copa do Mundo); Argentina (campeão do Pré-Olímpico da América do Sul); e Rússia (campeã do Pré-Olím­pico da Europa). No feminino, a lista conta com Brasil (país-se­de); China (campeã da Copa do Mundo); Sérvia (vice-campeã da Copa do Mundo);

Rússia (campeã do Pré-Olímpico da Europa); e Estados Unidos (campeão da Norceca – Américas Central e do Norte). Outras sete vagas em cada um dos gêneros seguem abertas e serão preenchidas em torneios continentais e em qualificató­rios mundiais. “Eu gostaria de enfatizar que esse torneio foi muito mais difícil e competiti­vo do que o Campeonato Euro­peu, há três meses. É claro que estou muito feliz com o resul­tado e também por todos os jo­gadores que trabalharam duro por essa conquista”, elogiou o técnico Vladimir Alekno.

Do outro lado, o líbero Jenia Grebennikov disse que a França teve dificuldades para enfren­tar o bloqueio dos adversários. “Nós vencemos o primeiro set e depois a Rússia jogou muito bem e isso foi difícil para nós. Eles sacaram muito bem e nos bloquearam o tempo todo. Eles também defenderam muito e fi­zeram um jogo perfeito. Temos um bilhete para o Japão e espe­ro que tudo estará ok para nos classificarmos para os Jogos do Rio”, afirmou.

Os franceses terão de brigar por um dos três últimos luga­res ainda disponíveis durante o Pré-Olímpico Mundial, em ju­nho. Quem também ganhou a segunda chance foi a Polônia. Campeã do mundo em 2014, a equipe saiu atrás na partida con­tra a Alemanha, mas não per­deu o foco e levou o confronto para o tie-break. No set desem­pate, chegou a estar dois pon­tos atrás no placar, mas reagiu e respirou aliviada quando Ma­teusz Mika passou pelo bloqueio e deu o ponto que manteve o time vivo na corrida olímpica: 3 a 2 (20/25, 25/22, 16/25, 28/26 e 16/14). “Nós tivemos de ser ex­tremamente fortes mentalmen­te. Estávamos jogando para nos mantermos vivos, não para irmos ao Rio. É uma pena para a Eu­ropa que algumas equipes não estarão lá”, disse Stephane An­tiga, treinador da Polônia.

As panteras, como são conhe­cidas, conquistaram o Pré-olím­pico da América do Sul, em Bari­loche, ao derrotarem as peruanas na decisão deste domingo por 3 a 0 (25/20, 25/20 e 25/14). Será a primeira participação olímpica da história das hermanas.

Duas conhecidas do público brasileiro fizeram parte do elen­co argentino no Pré-Olímpico. Yael Castiglione e a capitã Emil­ce Sosa, que jogam pelo Rio do Sul, time da Superliga Femini­na do Brasil.