Fim de semana de muito pré-car­naval na Ilha. Em meio a ruelas, becos, escadas, vias e casarões, muita música carnavalesca. Seja na rua ou em espaços fechados, a or­dem é se divertir e curtir com os amigos as bandas e grupos locais, as músicas que compõem o tradicional carnaval de São Luís, marchinhas, sambas e com­posições irreverentes, uma marca da festa de rua da Ilha.

Neste sábado, 16, é a estreia de um dos blocos mais charmosos e aguar­dados, não só pelos profissionais da imprensa, mas amigos e comunidade em geral: o Bloco da Imprensa!

De olho nos assuntos do momento e que ganham ou ganharam repercus­são na mídia nacional e internacional, a Comissão Organizadora escolheu o tema deste ano Quadrilha não! É car­naval! Basta de Corrupção!, em protesto aos escândalos de corrupção que têm assolado o país, que vêm manchando a imagem do Brasil na economia inter­nacional e cuja consequência sempre sobra para os brasileiros.

“Como o bloco sempre vem com temas que geram ou geraram polêmi­ca, resolvemos tratar desse assunto, chamando a atenção, mas ao mesmo tempo de forma divertida, com o blo­co”, afirmam os organizadores.

A programação deste sábado, a par­tir das 18h, na Praça dos Catraeiros (em frente ao Bar do Porto na Praia Grande), é com a Banda Pirata da Ilha e seus Metais, Bloco Tradicional Os Fe­ras e grupo Amigos do Samba, outras atrações surpresas, além dos artistas e personagens tradicionais do carna­val maranhense que sempre marcam presença na festa.

No repertório, segundo os organi­zadores, somente músicas de carna­val: marchas, frevos, sambas, pagodes, sambas enredos e sambas temas dos Blocos Tradicionais, e de Blocos de Rua.

O Bloco que ganhou a tradição no carnaval maranhense realizará prévias ainda nos próximos sábados, 23 e 30 de janeiro sempre com atrações que aglomeram multidões.

A Banda Piratas da Ilha (Wagner e seus Metais) está presente em todas as edições do Bloco. “Tocamos desde o carnaval das antigas, até os atuais”, conta Wagner, organizador da banda. O Bloco Tradicional Os Feras e o grupo Amigos do Samba também são figu­ras conhecidas do Bloco da Impren­sa. Os Feras vem com tema Ramsés, o grande Faraó para o carnaval de 2016.

O Grupo Amigos do Samba, há 15 anos, funde a mistura de ritmos, com muito samba, pago­de, marchinhas dos eternos carna­vais, sambas de carnaval, sambas de enredo e as marchinhas do carnaval maranhense!

Na Rua do Egito, a folia também tem nome: Bloco da Bicicletinha do Sam­ba, que este ano está homenageando as olímpiadas que acontecerão no Rio de Janeiro. Com o tema “Viva o Esporte! Vamos pedalar uma maratona de fo­lia”, a concentração é em frente ao Te­atro da Cidade e é um projeto cultural que visa resgatar os antigos carnavais de São Luís com uma brincadeira que reúne artistas, jornalistas, escritores e a população em geral, em ambiente que resgata o brilho do acervo arquitetôni­co da capital maranhense. Um grupo de músicos se concentra no entarde­cer dos sábados que antecedem o car­naval, o pré-carnaval, para usufruírem momentos agradáveis de lazer, regado a samba de qualidade e muita animação.
Em seu sexto ano, o bloco se estenderá durante todos os sábados até o carna­val, alegrando a multidão entre sambas de raiz e canções populares. Segundo o idealizador do projeto, o jornalista Gu­temberg Bogéa, a brincadeira nasceu em uma confraternização e hoje é umas das referências carnaval em São Luís.

Outro bloco de tradição na cidade, a Bandida agora se concentra na Praia Grande e sai em cortejo le­vando milhares de pesso­as, tendo à frente a musa da Banda Bandida: uma boneca gigante, perso­nagem principal da festa que acontece há 16 anos no carnaval de São Luís.
Primeiro a ban­da faz o “esquen­ta” com uma ban­da de palco e depois sai pelas ruas. As duas bandas vêm com 32 compo­nentes. A banda de chão é de so­pro e de percus­são e vai executar as músicas tradi­cionais do carna­val maranhense, além, claro, das composições da Bandida.

Fazendo arras­tão de mais de 10 mil foliões por temporada, a Banda Bandida tem a irreverên­cia como marca principal. A banda foi criada há 16 anos para resgatar o tradicional carnaval de rua. Na brinca­deira, o folião segue o ritmo da Bandida e se veste como quer. O importante é ter alegria, dis­posição e estar com o espírito leve para aproveitar a diversão.