Além do circuito batizado com o nome de “Cristóvão Alô Brasil”, o ‘Réveillon de Todos’ homenageou também Lopes Bógea, nome do outro circuito montado na Avenida Litorânea, por onde desfilaram atrações como o bloco Afro Akomambu e a Favela do Samba, e Antônio Vieira, nome do palco onde se apresentaram diversos artistas tanto no show da virada, (31 de dezembro) quanto nos outros shows realizados nos dias 1º, 02 e 03 de janeiro.
No “Show da Paz”, realizado dia 1º de janeiro, a cantora Rosa Reis incluiu entre as músicas apresentadas a clássica “Balaio de Guarimã”, composta por Antônio Vieira e Lopes Bogéa e fez questão de frisar a importância do trabalho feito por estes ícones da música maranhense.
Nos circuitos “Cristovão Alô Brasil” e “Lopes Bógea” desfilaram diversas atrações em um caleidoscópio de ritmos que incluiu do contratempo, responsável pela batucada contagiante dos blocos tradicionais, ao som dos atabaques dos blocos afro. No palco “Antônio Vieira” dezenas de artistas mostraram toda a versatilidade e o talento da música produzida no Maranhão.
Lopes Bógea, falecido em 2004, deixou como legado um acervo de mais de 300 canções. Algumas delas foram registradas no CD “Balançou no Conga”, produzido por Zeca Baleiro, que também atuou como produtor do CD “O Samba é Bom”, no qual consta um pequeno apanhado das centenas de canções compostas por Antônio Vieira, falecido em 2009. Cristovão Alô Brasil, falecido em 1998, foi compositor e também atuou como um dos puxadores do bloco “Fuzileiros da Fuzarca” e escreveu canções que o colocaram entre os maiores nomes do samba maranhense como a clássica “Araçagy”.
Há trinta anos, em 1986, os nomes destes três grandes artistas foram reunidos em um disco denominado “Velhos Moleques” onde eles apresentaram pela primeira vez um pouco do talento que os tornaram referências importantes para diversas gerações. Três décadas depois os nomes de Cristóvão Alô Brasil, Lopes Bógea e Antônio Vieira, voltaram a ficar juntos novamente, desta vez, para batizar os espaços, destinados à celebração de um réveillon tipicamente maranhense, voltado para valorizar a riqueza cultural do Estado.
Entre as atrações que subiram ao palco “Antônio Vieira” uma mereceu destaque especial por fazer parte de uma geração de artistas da velha guarda da música maranhense, detentores de grande talento, como os homenageados no “Réveillon de Todos”. Patativa, 79 anos, conterrânea de João do Vale.