CARNAVAL 2016

Historia de Bandeira Tribuzi e Gabriel Melônio será contada na Passarela

As histórias de um homem da literatura e outro da música serão conta­das pelas es­colas carnavalescas Marambaia do Samba e Turma do Quinto

Selo de Carnaval

 Literatura, música, poe­sia, emoção, a arte de in­terpretar. As histórias de um homem da literatura e outro da música serão conta­das, respectivamente, pelas es­colas carnavalescas Marambaia do Samba e Turma do Quinto. Uma do Bairro Fátima e outra da Madre Deus, essas escolas tentam conquistar o primeiro lugar no carnaval de São Luís.

A Marambaia do Samba es­colheu homenagear o poeta, jor­nalista e escritor Bandeira Tri­buzi com o enredo De Tribuzi a São Luís, uma louvação ao car­naval. A escola, que conquistou o terceiro lugar em 2015, aposta que este ano vai ganhar o cam­peonato, o primeiro de uma tra­jetória de 61 anos.
Preparatviso turma do quinto
Já pela introdução do samba enredo, com letra assinada por Denys Melodia e Haroldo Oli­veira, dá para perceber o que a escola irá mostrar na avenida. Trechos e versos do Hino de Lou­vação a São Luís dão uma ideia do que será mostrado. A histó­ria, vida e obra, será desenvol­vida em um desfile com 1.600 pessoas divididas em 18 alas.
“O começo de tudo, a ida dele para Portugal, a formação dele, o regresso para São Luís, a moder­nidade com que ele imprimiu nas obras dele, tudo isso será mostra­do em um belo desfile. Quando estava fazendo a pesquisa para o samba, me apaixonei pelo ho­mem que ele foi para a literatu­ra”, conta Denys Melodia.
Dentre as várias surpresas que o público irá conferir no desfile do dia 7 de fevereiro, Denys re­velou uma: a comissão de frente será com sósias de Tribuzi. “Es­cultura dele, as imagens, o piano dele, tudo isso será retratado, até porque a composição do sam­ba já fala disso. A letra é minha e de Haroldo Oliveira, com par­ticipação de Bandeira Tribuzi, já que tem versos de louvação a São Luís. Pusemos melodia nos ver­sos dele, que serão interpretados por Demivaldo”, conta Denys.
A linha melódica da Ma­rambaia recebeu uma peque­na adaptação para incluir os versos de Tribuzi. “Ele foi um gênio. Me apaixonei pelos po­emas dele. Tem um trecho no final do samba que diz, ‘o poe­ma não morre’. E é isso”, avalia.

Samba para Gabriel

O intérprete oficial da esco­la de samba Turma do Quinto, acostumado há 39 anos a cantar homenagens para outros na Ave­nida, ouvirá este ano, um sam­ba feito especialmente para ele. Gabriel Melônio não estará no chão desta vez, mas em um carro alegórico sendo homenageado. A escola da Madre Deus escolheu o tema O Anjo Gabriel – Tributo ao intérprete Gabriel Melônio e contará toda a trajetória artísti­ca e musical do artista.

Para o artista, difícil será segu­rar a emoção. Suas paixões esta­rão retratadas no desfile que será feito com pelo menos 2 mil pes­soas em 18 alas. O samba O Anjo Gabriel, uma canção da Madre Deus, com letra de Luís Bulcão, José Pereira Godão e Inácio Pi­nheiro, fala da paixão de Gabriel por Elis Regina, pela Turma do Quinto, pelos times Flamengo e Sampaio e ainda trazem versos de Oração Latina (canção de César Teixeira) imortalizada na voz dele.

“Foi unânime querer homena­gear Gabriel. Eu não quero falar muita coisa não para não estra­gar a surpresa, mas posso dizer que será emoção do começo ao fim do desfile. Vai ser difícil al­guém não se emocionar. O Ga­briel então…”, diz Nelson Costa, presidente da Escola.
Mistério também será se Ga­briel participará nos vocais ao lado do time de puxadores: Inácio Pi­nheiro, Roberto Ricci, Lucas Neto, Alessandra Loba, Franklin Hudson. “Acho que ele não vai conseguir cantar”, comenta Nelson Costa.

Todos os preparativos já estão adiantados, segundo Nelson, para que a escola conquiste o cam­peonato. A Turma do Quinto é a segunda maior campeão do Carnaval do Maranhão, colecio­nando 14 títulos em 75 anos de fundação. No ano passado ela fi­cou em 4º lugar, uma classifica­ção não digerida até hoje. “Nós nunca entramos na Avenida para perder. Se depender da Escola e não de alguns jurados como os que julgaram no ano passado, nós vamos ganhar”, aposta.

Criada como bloco carnava­lesco em 1940, a Turma do Quin­to nasceu de um desafio ocorri­do entre alguns jovens sambistas “madredivinos” e a senhora Nei­de Carvalho. Assim batizada, a Escola traz o seu nome em alu­são ao 5º Batalhão Naval, sedia­do no bairro. Foi juridicamente registrada somente em 1981 sob a denominação de Sociedade Re­creativa e Cultural.

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