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Grupo articula eleição direta para a nova presidência da CBF

Federações e clubes das Série A e B seriam os eleitores

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Coronel Antônio Nunes é o atual presidente em exercício da CBF desde o fim de 2015

À espera apenas de punição que deve ser aplicada pela Fifa ao presidente licenciado da Confederação Brasileira de Futebol, Marco Polo Del Nero, indiciado pelo FBI por crimes de corrupção, várias federações estaduais já articulam um movimento para a convocação de uma eleição direta para a entidade. Votariam as 27 federações e mais os 40 clubes das Séries A e B do Brasileiro.
A convocação dessa assembleia eletiva, no entanto, dependeria de uma renúncia coletiva do presidente e de todos os vices. O grupo, que se intitula sem liderança definida, não aceita que o comando da CBF fique nas mãos do coronel Antônio Nunes, presidente em exercício, e dos dirigentes que realmente controlam a entidade – Rogério Caboclo e Walter Feldman, dois seguidores fiéis de Del Nero.
Esse movimento, porém, pode se enfraquecer com o tradicional toma-lá-dá-cá que há décadas predomina na CBF. Exemplo recente disso foi o ensaio do vice-presidente que representa a Região Nordeste, Gustavo Feijó. Ele se apresentou como oposição à entidade, deu entrevistas contundentes, elaborou documentos e, dias depois, voltou a ser situação.
Preferiu o silêncio ao ser convidado para exercer um cargo similar ao de diretor de seleções, com um salário de R$ 50 mil. A CBF já ajuda cada federação com um suporte de 50 mil reais mensais, sem necessidade de prestação de contas. Além disso, cada presidente dessas entidades recebe da confederação uma mesada de R$ 15 mil.
Del Nero não emplaca vice no Sindicato
Em outra tentativa de manobra, o presidente licenciado da CBF, Marco Polo Del Nero, não conseguiu emplacar Rogério Caboclo como vice-presidente do Sindicato do Futebol. Na eleição realizada na última quinta-feira, o escolhido para o mandato de três anos foi André Pita, que é diretor de desenvolvimento de projetos da CBF e presidente da Federação Goiana.
Caboclo é diretor financeiro da entidade e, recentemente, ganhou também o cargo de diretor executivo, função dada a ele após a escolha de Antônio Carlos Nunes como sucessor de Del Nero.
Mustafá Contursi, que foi reeleito como presidente do Sindicato, admitiu que Caboclo teve seu nome cotado para o cargo, mas disse que não houve interferência alguma de Del Nero no caso.
Caboclo começa a enfrentar resistência das federações filiadas à CBF. Cartolas das entidades estaduais reclamam dos superpoderes dados a ele e já o chamam de “verdadeiro presidente em exercício”.
Segundo eles, Antônio Carlos Nunes tem apenas função figurativa na entidade. Apontam que Caboclo tem dado as cartas na entidade sob ordens de Del Nero. A situação irrita as federações, que alegam não terem participado da escolha de Caboclo. A CBF disse que não iria se posicionar sobre as críticas dos federados.
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