Filme ‘Joy’ destaca o talento de Jennifer Lawrence
Atriz concorre ao Oscar por papel que parece feito sob medida para que ela brilhe
Num primeiro momento da trama de Joy, tudo vai bem, num embalo de graça à la Wes Anderson (especialmente parecido com o longa Os excêntricos Tenenbaums). Há momentos constrangedores, já que o personagem Tony (Édgar Ramírez), metido a cantor, credita a um venezuelano a autoria de Águas de março.
Naquele que é chamado o “país das oportunidades”, os Estados Unidos assentaram a história real que deu base ao filme. Inserida no mundo dos negócios, buscando patentear esfregão revolucionário para as donas de casa, Joy emociona, com a dignidade de um Will Smith do marcante Em busca da felicidade.
É no lado B do filme, porém, que o diretor se perde, quando desponta a vertente justiceira da protagonista. Tudo é muito abrupto e o cineasta parece se render demais ao apelo da publicidade que ele passa a encenar na narrativa. Determinada em excesso, é a hora em que a garota propaganda feita por Lawrence perde bastante da credibilidade, reflexo talvez da pouca idade da atriz para o papel.