Após uma carreira cheia de altos e baixos, o ex-lateral direito Josimar, que teve seu melhor momento na Copa do Mundo de 1986 pela Se­leção Brasileira quando marcou um dos gols mais bonitos da his­tória dos mundiais, começou a se dedicar em ajudar jovens carentes a se tornarem cidadãos por meio do esporte.

Nos últimos anos, Josi­mar vem desenvolvendo projetos ao redor do país tentando passar sua experiência para os mais jo­vens e reverter um pouco do que o esporte lhe deu para o bem so­cial do brasileiro.

“O objetivo do projeto é trazer esses meninos para a sociedade. Dar uma oportunidade para que eles possam realizar os seus sonhos, ter um futuro pela frente e se tor­nar um cidadão do bem”, afirmou.

O projeto desenvolvido Jo­simar deve seguir os moldes do “Bola no Pé, Livro na Mão” de­senvolvido por ele no estado de Roraima e também onde come­çou a trabalhar socialmente no Rio Grande do Sul.

“O projeto quer evitar a eva­são escolar. Levando um pou­co de disciplina para os jovens e que eles voltem a frequentar a sala de aula com o esporte. Um exemplo é uma Seleção do Pro­jeto, que irá beneficiar quem ti­ver melhores notas e incentivar o jovem a estudar”, explicou.

Segundo Josimar, o objeti­vo do projeto é tirar crianças e adolescentes da ociosidade e da criminalidade, inserindo esses jovens no ambiente do futebol e da prática de esportes, além de informar, orientar e promover a integração social.
“Eu já tive meus erros na vida e não quero que esses jovens pas­sem por isso. Quero poder dar conselhos dizendo que está erra­do, que já passei por isso e mos­trar o caminho certo para eles serem grandes atletas e, caso não seja possível, seja um cidadão do bem”, concluiu.

Josimar tem conversado com diversos prefeitos e com alguns empresários tentando levar o projeto para o interior do Maranhão. Ele acredita que nos próximos dias deve deter­minar os locais onde a ação so­cial será desenvolvida.
A importância do projeto pode ser primordialmente tra­zer os jovens de volta ao convívio social sem problemas com dro­gas, mas em um segundo plano, o desenvolvimento de talentos pode ser explorado.

“Além do trabalho social, que é o nosso objetivo maior, pode ser que a gente consiga revelar alguns talentos e formar novos jogadores para o futebol brasi­leiro. O Maranhão tem muito jovens com potencial que não são descobertos e nem aprovei­tados”, concluiu.

Josimar começou a carrei­ra no Botafogo em 1981 e ficou no alvinegro até 1989, quando conquistou o Campeonato Ca­rioca daquele ano tirando o clu­be de um jejum de 21 anos sem título. Foi vendido ao Sevilla, da Espanha, mas a experiência eu­ropeia não durou muito e o la­teral voltou ao Brasil para vestir a camisa do Flamengo. Depois disso passou por Internacional, Bangu e Fortaleza, mas sem a mesma qualidade.

Após ter problemas discipli­nares em sua carreira, Josimar quer passar experiência para os jovens profissionais do futebol, quanto para aqueles que ain­da não tiveram oportunidades.
“Eu diria para falar menos e ouvir mais. Obedecendo as pes­soas que estão no comando, pois eles querem o bem. E por fim, humildade e dedicação. Porque, além de ter talento, deve ter o pé no chão para atingir seus obje­tivos”, aconselhou.