Com defesa e meio-campo mantidos e reforçados, o Cruzeiro volta aos trabalhos na quarta-feira com uma grande incógnita: quem será o parceiro ideal de Willian no ataque. Como o discurso da diretoria é evitar a contratação de medalhões – para não inflar a folha e dar chance aos mais jovens –, a responsabilidade de balançar as redes ficará concentrada no Bigode, grande destaque da reta final do Brasileiro, que terá de manter a boa forma sem o técnico Mano Menezes, responsável pelo retorno do bom futebol do atacante.
Willian foi o artilheiro do time celeste no Brasileiro, com 11 gols, todos marcados sob o comando de Mano, a partir de setembro, quando recuperou a vaga de titular absoluto – nos 5 a 1 diante do Figueirense, balançou as redes quatro vezes. O atacante costuma atribuir a recuperação da boa fase a Mano e ao então assistente técnico Deivid, efetivado como treinador com a ida de Mano para o futebol chinês. “(A boa fase) tem, realmente um dedo do Mano e do próprio Deivid, que mudou minha forma de jogar contra a Ponte Preta. Dá mais liberdade, sobra mais força para chegar ao gol”, observava o atacante depois da vitória celeste sobre a Macaca, por 2 a 1, em Campinas, jogo em que o Cruzeiro foi dirigido interinamente por Deivid.
A partida foi na 22ª rodada e marcou o início da recuperação do Cruzeiro e de Willian. O atacante, que jogava pelas beiradas com Marcelo Oliveira e Vanderlei Luxemburgo, com a responsabilidade de marcar os laterais adversários na saída de bola, voltou a atuar centralizado, como no início da carreira, no Figueirense. A partir daí, despontou na artilharia, mas sempre sofrendo com a instabilidade dos parceiros de ataque. Na reta final do Nacional teve como companheiros Vinícius Araújo, Marquinhos (que está de saída, trocado com o Internacional para a permanência de Fabrício), os jovens Alisson, Allano e Leandro Damião, que teve o empréstimo encerrado.
NOVIDADES
Recém-efetivado como treinador, o ex-atacante Deivid terá a missão de encontrar o parceiro ideal para o Bigode, seja com remanescentes ou os dois contratados para o setor: o jovem Bruno Nazário, de 20 anos, e Rafael Silva, ex-Vasco. O primeiro é pouco conhecido no futebol brasileiro, já que trocou o Figueirense pelo futebol europeu com apenas 18 anos. Rafael Silva fez 11 gols em 60 jogos pelo Vasco, sendo três no último Brasileiro – dois no empate com o Cruzeiro, por 2 a 2, no Mineirão.
Praticamente garantido como reforço do Cruzeiro, faltando apenas a liberação do Hoffenheim, Bruno Nazário elogiou Willian e disse estar motivado para jogar ao lado do atacante. “Eu acompanhei um pouco do Cruzeiro por vídeo. O que sei do Willian é que ele é um homem-gol, sabe muito bem desempenhar essa função”, disse o atacante em entrevista ao portal Superesportes. “É um jogador que a gente percebe que trabalha muito fora de campo. Para mim, é um matador. Resolve quando precisa.”
Ele em campo
137
jogos desde julho de 2013
33
gols
11
vezes marcou no Brasileiro, todas sob comando de Mano
Estreia com vitória
O Cruzeiro venceu o Comercial por 2 a 0, ontem, na estreia das duas equipes na Copa São Paulo de Juniores. No estádio Abreuzão, em Marília, a equipe do técnico Marcos Valadares ganhou com gols de Andrey, aos 41min do primeiro tempo, e Rick, aos 16 do segundo. O Cruzeiro volta a campo amanhã para enfrentar o baiano Vitória da Conquista, às 21h, no mesmo estádio. O Comercial encara o anfitrião, Marília.