É grande a expectativa para o show do cantor Zeca Baleiro, que vem no comando do Luau da Toca do Trovão neste sábado, dia 12. Em entrevista gentilmente cedida, o músico maranhense falou um pouco sobre suas influências, repertório, história com a música, além da sensação de poder voltar a São Luís numa apresentação em clima praiano e relaxante.

Os interessados na compra dos ingressos podem estar se dirigindo à Loja física localizada na sede do Jornal O Imparcial, bem como no site do AmoIngresso.com.

 

Sobretudo música brasileira, mas ouvi de tudo desde sempre em casa – discos de muzak, samba do passado, Roberto Carlos, Martinho da Vila, Elton John, Luiz Gonzaga, Mercedes Sosa etc. Depois, já adolescente, muito reggae e rock, coisas mais experimentais, rock nacional… Comecei a compor aos 14 anos e não parei mais. Participei de vários festivais já na universidade e tomei gosto pela coisa. Sempre fui um ouvinte apaixonado por música brasileira, por isso me tornei compositor.

O convite já veio pronto, tipo “você topa cantar Zé Ramalho”? Ainda discutimos sobre alguns nomes que também gosto, como Walter Franco, Martinho da Vila, Tom Zé, Sergio Sampaio, Belchior etc. Mas gostei muito do nome do Zé, porque conheço sua obra profundamente. O cara é incrível! Mas acho que ainda farei um disco-tributo ao Sergio Sampaio, que é um compositor brilhante e menos conhecido do que mereceria.

Provável que sim, pelo menos uma. Como diria minha mãe, “depende dos agrados” (risos).

O que está na “mídia” nem sempre reflete a produção cultural do momento (ou quase nunca). Há uma música fantástica sendo produzida em guetos e nichos que o grande público desconhece. Há escassez de meios de difusão e divulgação pra tanta produção – nem a internet consegue dar vazão a tudo. E talvez falte um pouco de curiosidade no grande público também. Quanto ao mercado da música, é notável uma queda nos últimos anos, um medo de investir, de contratar shows, peças etc. Mas isso vai mudar, somos criativos.

Tô no meio de um monte de produções – um programa de tv, “Baile do Baleiro”; o dvd “Zoró [bichos esquisitos]”, com animações; um novo cd de inéditas e um musical baseado em Nelson Rodrigues, que estreia em janeiro em Recife.

Não devem ficar de fora Telegrama, Babylon, Bandeira, algumas com novos arranjos, claro… Releituras de autores que gosto, como Martinho da Vila, Sergio Sampaio, Luiz Gonzaga… E sempre pode rolar uma surpresa, pois surpresas são bem-vindas, não?

Acho lindo e pertinente. Não dá mais pra pensar na vida sem essas ações. O mundo mudou, e exige de nós responsabilidades como essas. Precisamos ser reeducados.

É sempre bom reencontrar os amigos, familiares… Amo minha cidade e sinto imenso prazer em tocar aí. Vai ser caloroso o reencontro, tenho certeza.

Espero que todos se divirtam ao máximo. Vai ser uma grande noite. O cenário é perfeito pra isso, não? Quanto ao repertório, não entrego mais nada, senão deixa de ser surpresa (risos).