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Livro de Péricles Rocha está previsto para 2016

Péricles Rocha comemora seus 41 anos dedicados às artes plásticas com o lançamento de um livro e uma exposição com vários painéis sobre a cidade

artes plasticas

O ano de 2016 promete ser de grande produ­tividade para o artista plástico Péricles Rocha, pois será o ano em que ele com­pleta 70 anos de idade e 41 de atividade artística. A extensão da comemoração pelas mais de quatro décadas vai render um livro sobre sua trajetória e uma exposição com vários painéis sobre a cidade de São Luís para ser iniciada em setembro.

A celebração desse feito começou neste ano, com a es­treia da exposição Do Popular ao Erudito, instalada no foyer da Câmara Legislativa do Dis­trito Federal. O conjunto de 26 obras foi inspirada na cultura popular e os ritmos nordesti­nos, resultado de dois anos de pesquisa e trabalho nessa área, e que, segundo o artista, repre­senta um “presente” para a ca­pital federal que o acolheu du­rante alguns anos de sua vida.
“Usei a religião, o cordel, a cerâmica, toda espécie de infor­mação para fazer essa miscelâ­nea”, comenta o artista. Todas as obras foram criadas e con­feccionadas com tinta vegetal, que cresce nos mangues. Essa tinta, misturada à acrílica, re­sulta em uma gama de cores fortes e que segundo ele, são permanentes. A técnica criada por ele atende a uma caracterís­tica do artista em trabalhar nas suas obras cores de tons quen­tes, usando tonalidade ocre e terra nas suas criações, cores que ele levou do sertão, como o bege, o marrom das roupas dos vaqueiros.
“Minhas telas falam de violei­ro, de cordel. É da minha vivên­cia no sul do Maranhão. As cores mais fortes, mas nos mesmos tons naturais da nossa terra. O ocre, o barro vermelho predomi­nam na composição. Também, quatro décadas… já para brin­car com as cores nordestinas”, destaca o artista.
Além do nordestino, o sin­cretismo religioso também dá o tom da exposição em imagens inspiradas no sacro, com an­jos, cálices e espadas. Além da exposição em Brasília, Péricles também expôs recentemente em Amsterdã (Holanda) um to­tal de 22 quadros em coletiva com outros artistas.
O artista, incansável na sua criação, buscando principal­mente elementos que compõe a cultura nordestina, já está tra­balhando na próxima exposi­ção. São painéis e a inaugura­ção está prevista para setembro. Também está sendo planejado o lançamento de um livro que vai contar a vida e obra de Péricles.
“Vai ser um pouco da minha vida, reunido toda a trajetória de 41 anos de carreira e 70 de idade, comemorada com esse livro que vai ter fotos, ilustra­ções, trabalhos meus…”
O livro será uma coletânea de textos produzidos por inte­lectuais atribuídos à carreira e obra de Péricles e que foram pu­blicados em jornais, periódicos, livros, revistas ao longo desse tem­po. Textos por exemplo, de Odylo Costa Filho, Ferreira Gullar, Eli­ézer Moreira, Ubiratan Teixeira, Nauro Machado, Arlete Noguei­ra. “São textos que foram escri­tos por pessoas que foram meus amigos, companheiros, admira­dores do meu trabalho. Será um grande livr. Minha vida dá um li­vro (risos)”, brinca Péricles Rocha.
O artista
Péricles Rocha é pintor, escultor, desenhista e ilustrador e come­çou a pintar com 8 anos na beira do Rio Parnaíba, na cidade de Benedito Leite, no Maranhão. Cursou escultura na Escola Na­cional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro, entre 1967 e 1971, com bolsa de estudos concedida pelo governo do Maranhão. Em 1977 realizou sua primeira mos­tra individual, na Galeria Sérgio Milliet, no Rio de Janeiro. Entre 1978 e 1980, ilustrou o livro Poe­ta do Absurdo, de Orlando Tejo.
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