Há quem imagine que o Jota Quest completou duas décadas de carreira neste ano. Tudo porque em 1995 a banda mineira estreou em disco com o J.Quest – Independente, hoje uma peça para colecionador. Para Rogério Flausino, Marco Túlio Lara, PJ, Paulinho Fonseca e Márcio Buzelin, porém, a trajetória teve início oficialmente no ano seguinte, quando chegou ao mercado o primeiro CD lançado por uma grande gravadora que ainda hoje os mantêm sob contrato.
A celebração da data, no entanto, já começou com o Pancadélico, álbum que acaba de chegar às lojas e reforça a condição de um dos nomes mais representativos do segmento pop da MPB. Segundo produzido pelo norte-americano Jerry Barnes, traz na capa um grafite de OsGêmeos, incensados artistas plásticos brasileiros.
“Desde o Funk funk boom boom, nosso CD de 2013 que queríamos dialogar com o OsGêmeos. Agora, finalmente, contamos com a colaboração da arte e do estilo old school psicodélico dos imãos paulistas para moldar o conceito desta nossa nova empreitada sonora”, destaca o vocalista Rogério Flausino.Os trabalhos para a criação do Pancodélico, começaram em abril no estúdio do grupo em Belo Horizonte, ao lado de Barnes. “Compusemos ali todo o material que iria receber nos meses subsequentes, arranjos, texturas e letras”, relata o vocalista. Foi no estúdio, também, que chegamos ao título, que tem tudo a ver com nosso pancadão brazuca”, conta o vocalista.
Black music
Nas 12 faixas do CD, obviamente, predomina o estilo pop da banda, mesmo quando envereda pelo caminha da black music e a consequente fusão com funk, soul e disco music. Isso fica bem claro em Blecaute – a música de trabalho – que tem a participação da cantora Anita e de Nile Rodgers; Um dia pra não esquecer, Freak fonk funk e Mares do sul – esta composta em parceria com Stuart Zender, ex-Jamiroquai.