Um dia esperado pelos amantes do samba, hoje, 2 de dezembro, marca o Dia Nacional do Samba. Enquanto em todo o Brasil se celebra esse gênero musical, em São Luís, cujo ritmo ecoa por todos os cantos da Ilha, não poderia ser diferente. No centenário bairro da Madre de Deus, ou simplesmente Madre Deus como é mais conhecido, o grupo Madrilenus, anfitrião da festa, recebe os convidados Ellen Oliver, Lena Machado, Andrea Frazão, Jailson Pereira, Cilos Brown, Soul Samba, entre outros, a partir das 18h, no Largo do Caroçudo.
No Centro Histórico, a Turma do Vandico celebra com muito samba. A partir das 18h, tem festa no Samba sem Telhado (Rua do Giz), e, às 21h, os artistas saem tocando em cortejo pelas ruas da Praia Grande. “Este ano novamente estamos festejando o samba com vários artistas, dentre eles, Neto Peperi, Chico Nô, Nivaldo Santos, Rafael Guterres. A entrada é franca e todos podem participar”, comenta Vandico.
A data comemorativa surgiu por iniciativa de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear Ary Barroso. Ary já tinha composto seu sucesso Na Baixa do Sapateiro, mas nunca havia posto os pés na Bahia. Esta foi a data que ele visitou Salvador pela primeira vez.
A festa foi se espalhando pelo Brasil e virou uma comemoração nacional. Em São Luís desde o ano passado o grupo Madrilenus e vários sambistas maranhenses se reúnem em uma grande festa para celebrar o ritmo que tem uma grande força no Maranhão.
A grande roda de samba, com direito a uma megaestrutura de palco 360º, som, luz e segurança dá continuidade ao projeto São Luís, Capital do Samba que acontece neste ano pela primeira vez, idealizado pelo grupo Madrilenus e já está na sua terceira etapa. “Não poderíamos deixar de comemorar o Dia Nacional do Samba. O ano passado foi um sucesso levamos muitos artistas e um público gigante para celebrar e isso só mostra a força do samba no Maranhão”, comenta Boscotô, integrante do Madrilenus que também é composto por Jorge Luís (banjo), Júlio Cunha (violão 7 cordas), Robertinho Chinês (Cavaco), Adão Camilo (voz), Maurício (Tantan), Júnior Mamão (pandeiro) e Renan (bateria). Neste projeto o grupo tem ainda a participação dos músicos Madson Peixoto (percussão), Vanderson (percussão), Macaé (voz e percussão) e Dinho Berg (voz).
O projeto São Luís, Capital do Samba está realizando em suas edições grandes encontros de sambistas, compositores, instrumentista, intérpretes e amantes do samba no bairro da Madre Deus, disponibilizando ainda o espaço para os novos talentos em potencial como forma de incentivar o gosto e o apreço por esse gênero musical genuinamente brasileiro.
“Faremos uma programação que valorizará o samba maranhense e nacional. Os artistas ficaram bem à vontade para montarem os seus repertórios. Se as tradicionais rodas de samba de rua tornam-se raras hoje em dia, nem por isso no universo da cultura popular a sua vertente desaparece. Pelo contrário, multiplicam-se os grupos de samba, o que trará o fortalecimento do ritmo”, constata Boscotô.
Para Adão Camilo a luta é grande e constante para fortalecer o samba em São Luís. “Levamos em nosso repertório o samba de nomes como Cristóvão, César Teixeira, Josias Sobrinho, e outros sambistas de nossa cidade”, diz o cantor. O São Luís, Capital do Samba começou no dia 30 de outubro com o show Na Página da História homenageando o saudoso sambista Cristóvão Alô Brasil. A última etapa do projeto será no dia 13 de dezembro na programação do Tribuna do Samba (Tzão de Velho) que é realizado uma vez por mês na Madre Deus. O projeto aprovado pela Lei de Incentivo a Cultura tem apoio financeiro da Ambev/Antarctica, e é aberto ao público.