Para as agências internacionais de avaliação da economia, o Brasil está no “grupo de caloteiros”. O agravamento da recessão, crise política e corrupção contribuem para isso, e o resultado, na prática, bate no bolso da população, em geral, e do atleta, em particular.

Os beneficiados do programa Bolsa Atleta afirmam que foram pagas apenas cinco das 12 parcelas devidas aos atletas. A seis meses dos Jogos Olímpicos Rio 2016, ainda faltam sete parcelas, totalizando R$ 50 milhões.

Para saldar o compromisso, o Ministério do Esporte aguarda liberações de recursos do Ministério da Fazenda. São 6.600 bolsistas na fila de espera. Os valores estão “empenhados”, o que significa dizer que serão pagos, mas não se sabe quando, porque é preciso ter disponibilidade dos recursos, e isso depende de quem tem a chave do cofre na mão, a Fazenda.

“O pagamento das parcelas restantes depende da disponibilidade orçamentária do mês. Até o momento não foi liberado o recurso para efetuarmos o pagamento. Solicitamos que aguarde e acompanhe por sua área restrita”, diz um comunicado do Ministério do Esporte, enviado aos bolsistas, assinado pela “Equipe Bolsa Atleta”.

Durante essa semana, equipes de vários ministérios passaram o dia no Congresso Nacional acertando o orçamento para 2016. Na área do esporte, as negociações com relatores setoriais na Comissão Mista de Orçamento evitaram um corte de R$ 17 milhões no Bolsa Atleta. A tesourada atingiria, também, R$ 160 milhões para projetos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Na Comissão está tudo certo, mas certeza de que o orçamento estará garantido, só quando a proposta orçamentária for aprovada em plenário.