CINEMA

Filme conta história da Orquestra Sinfônica de Heliópolis

Longa mostra como a música clássica ajudou a transformar a vida dos adolescentes de uma comunidade de baixa renda

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O cineasta baiano Sérgio Machado foi contratado apenas para dirigir Tudo que aprendemos juntos, o filme que conta a história da Orquestra Sinfônica de Heliópolis. Uma trama desenvolvida a partir da peça Acorda Brasil, escrita pelo empresário Antonio Ermírio de Moraes, que mostra como a música clássica ajudou a transformar a vida dos adolescentes de uma comunidade de baixa renda dominada pelo tráfico. O que poderia resultar em um produto institucional, entretanto, ganhou uma textura emocional graças um processo de imersão pessoal involuntariamente desenvolvido pelo diretor baiano.

Machado conseguiu fazer o filme ir além da óbvia mensagem de que a arte é um caminho melhor do que o crime. A questão está lá, de forma bem didática, com reviravoltas que a reforçam de um jeito quase redundante.
Lázaro Ramos interpreta um violinista talentoso que tem potencial para ser um dos músicos mais respeitados do Brasil, mas está insatisfeito com a carreira artística, vive estressado e enfrenta problemas econômicos pessoais.
Após fracassar em um teste para integrar a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), para sustentar-se financeiramente, ele aceita, a contragosto, trabalhar como professor e regente em um projeto social na periferia.
Convívio
“Descobri que o personagem era eu”, admite Sérgio Machado, não só porque o trabalho de um maestro tem coincidências com o de um diretor de cinema, mas por reconhecer que passou por meses de sofrimento ao aceitar dirigir o filme enquanto tentava fazer alterações no roteiro sem nunca ficar satisfeito.
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