O Tricolor terminou na oitava posição, com 58 pontos ganhos, sete a menos que o quarto colocado (América-MG), e 15 a mais que o Macaé, primeiro rebaixado. No ano passado, o time somou 53 pontos na décima colocação e ficou a nove de obter o acesso. Em relação ao rebaixamento, apesar de não passar sufoco, a distância ficou em dez pontos do América-RN.
Ao analisarmos minuciosamente as duas campanhas, vemos uma proximidade grande no número de vitórias (15 em 2015 e 13 em 2014) e no número de empates (13 em 2015 e 14 em 2014). Até o saldo de gols foi o mesmo nos dois anos: oito. O ataque tricolor balançou as redes 54 vezes em 2014 e caiu para 51 gols em 2015. Na contramão, a defesa sofreu 46 e melhorou ligeiramente para 43.
Nas duas campanhas, a briga pelo acesso terminou ao final da 37ª rodada. Se em 2014, o sonho morreu com uma derrota dentro de casa para o Atlético-GO, neste ano foi uma derrota por 2 a 1 contra o CRB que enterrou as chances do Sampaio.
Mas se em 2014 o Sampaio terminou apenas a 13ª rodada entre os quatro primeiros, nessa Série B o time maranhense conseguiu dormir no G-4 em sete oportunidades, sendo a última na 23ª rodada.
Em casa e fora
A grande diferença entre as duas campanhas foi o desempenho como mandante e visitante que, praticamente, se inverteu em relação ao ano anterior. Se em 2014 o Sampaio foi temido fora, neste ano os adversários apenas o temiam em São Luís.
A caminhada do Sampaio como mandante em 2015 foi melhor que no ano passado. O time conquistou 73% dos pontos com 12 vitórias e seis empates e apenas uma derrota. Em 2014, o time deixou a desejar, atuando no Castelão, e foi o quarto pior mandante com 52% de aproveitamento em sete vitórias, nove empates e três derrotas.
É visível que o Tricolor melhorou seu desempenho e fez o mando de campo realmente contar nesta edição da Série B. Sua única derrota foi diante do América-MG, um dos quatro times que conseguiram o acesso.
Por outro lado, a equipe decepcionou longe de São Luís, trazendo apenas 28% dos pontos na bagagem, com três vitórias, sete empates e nove derrotas. No ano passado, foi justamente o contrário, com 40% de aproveitamento (seis vitórias, cinco empates e oito derrotas) e o Sampaio no G-4 dos visitantes.
Se em 2015 o time maranhense venceu apenas Vitória, Ceará e ABC, todos rivais nordestinos, no ano anterior superou Atlético-GO, Bragantino, Icasa, Luverdense, Portuguesa e Santa Cruz.
Time-base
Em 2014, a equipe do Sampaio Corrêa comandada pelo técnico Vinicius Saldanha terminou a temporada formada por: Rodrigo Ramos, Daniel Damião, Luiz Otávio, Mimica e William Simões; Jonas, Uilliam Corrêa, Eloir e Válber; Siloé e Hiltinho. Em 2015, comandado por Léo Condé, o Tricolor teve como time-base: Rodrigo Viana, Daniel Damião, Luiz Otávio, Plínio e Raí; Léo Salino, Diones, Válber e Nádson; Edgar e Jheimy.
Público foi bem menor que em 2014
Nas arquibancadas, ocorreram as piores quedas. O Tricolor obteve a segunda melhor média de público em 2014, com 13.220 pagantes por partida, número inferior apenas ao Vasco da Gama com 14.232. Em 2015, esse número despencou
para 10.842, o que rendeu apenas a sexta melhor média para o time maranhense, atrás de Bahia, Ceará, Paysandu, Vitória e Santa Cruz.
O maior público do ano no Castelão, foi contra o Botafogo, no dia 2 de outubro, quando 21.433 torce
res tricolores pagaram ingresso para ver o empate por 2 a 2. Apesar de um bom número, o Sampaio não chegou a figurar entre os dez melhores do ano.
Em 2014, dois jogos do Tricolor em casa entraram para os dez
melhores públicos da Série B. O jogo contra o Vasco deu 37.332 pagantes e foi o terceiro da lista e maior do Maranhão, mas o surpreendente duelo contra a Ponte Preta, que teve 22.043, ficou como nono com mais torcedores da competição.