CINEMA

Comédia tocantina chega aos cinemas em 2016

Produção do mesmo grupo responsável pelo primeiro longa-metragem amador 100 Noção traz para o cinema as aventuras de quatro amigos recheadas de muito humor e confusão

filme de imperatriz
Uma aventura cinemato­gráfica de quatro ami­gos muito atrapalhados está movimentando a cidade de Imperatriz. A produ­ção Pois é, num tem! está em fase de gravação com previsão para ser finalizada em março de 2016. “Estamos com 50% de gravação e edição. Começamos a gravar em junho e, se der tudo certo, em março já estaremos sendo vistos por aí”, conta Jo­enes Chagas, diretor e roteiris­ta do filme.
Todo o filme está sendo fei­to por amadores, mas é levado muito a sério. As locações de Imperatriz são nos bairros hu­mildes e mais distantes do cen­tro da cidade, mas também nos pontos turísticos, como Beira Rio, Praça Mary de Pinho (Re­cém-inaugurada) Quatro Bocas.
Pois é, num tem! é um lon­ga de ação, romance e comédia que traz as aventuras de quatro amigos. Um deles coleciona vá­rias amantes e um dia é surpre­endido com a notícia de que a esposa, a quem tanto maltrata, ganhou prêmio acumulado da loteria e que o próximo passo da milionária é planejar dar o troco para o maridão. Mas no meio disso tudo algo dá errado.
O filme é uma produção do mesmo grupo responsável pelo primeiro longa-metragem ama­dor gravado na Vila Macedo, o 100 Noção (2011), que, a exemplo des­se, também foi custeado com re­cursos próprios.
Uma equipe de 23 pessoas integra o filme. Cinco pessoas compõem a produção, uma di­reção e o restante de atores. Jo­nas Andrade (Kamaleão), Edi­naldo Ribeiro (Pelé), Eduardo Sena (Futuca), Zakeu Santos (Maradona) formam o elenco principal.
“Lembrando que nenhum que participa deste projeto é ator profissional. Idealizei um roteiro com o mesmo elenco base e que conta a história desses quatro amigos que vivem se metendo em confusão. Um deles cole­ciona fama de pegador de mu­lher, quando ele descobre que sua mulher ganhou na loteria e que a mesma vai se separar dele, ele bola um plano pra tentar se dar bem, porém algo inespera­do acontece…”, conta Joenes.
Atuação amadora
Joenes destaca que os ato­res são amadores mesmo. Nin­guém sequer fez um curso de te­atro, mas mantem o sonho de se profissionalizar e serem grandes atores. “Temos pessoas com as mais diversas profissões, a exem­plo de jornalistas, eu sou técnico em informática, tem pessoas de idades variadas também. Nosso ator mais novo tem 21 anos e a mais velha tem 69 anos, Maria Rita, que faz o personagem Ro­sinha, mãe da mulher que ga­nha na loteria. Ela nunca tinha feito algo do tipo e deixou todos nós de boca aberta com atuação dela” destaca o diretor.
Como em todo o trabalho, a produção driblou as dificul­dades iniciais para tirar a ideia do papel e jogar para a telona. Primeiro tiveram que conseguir os equipamentos. Segundo Jo­enes, eles começaram do zero. “Só mesmo com a vontade de fazer. Ainda hoje precisamos de materiais. Mas com o que temos já dá para fazer um bom filme. Aguardem! Estamos fazendo o máximo pra arrancar vários ri­sos de vocês!”.

filme de imperatriz

8 perguntas// Joenes Chagas

Como vocês estão avaliando essa produção?
Essa é a primeira que estamos fazendo no sério. Com a qua­lidade melhor que conseguimos. Mas fizemos um filme mais amador em 2011, o 100 Noção, só por brincadeira mesmo, que seria apresentado somente no nosso bairro, mas como a mídia ficou sabendo, divulgamos para a cidade toda. Mas a produção foi muito baixa, não se compara com o de agora.
E era com o mesmo elenco?
Alguns sim. Este novo filme conta com novas pessoas e parti­cipações de pessoas conhecidas da cidade, como o repórter He­merson Pinto de uma TV local. Lembrando que todos são ama­dores e voluntários.
Em quanto está avaliada a produção?
Cerca de 4 mil reais.
E como vocês estão conseguindo recursos?
Pedindo patrocínio, fazendo bingos e também com nossos recursos. Sobre o patrocínio, temos alguns de pequenas mercea­rias do nosso bairro. Nenhuma loja grande até então patrocinou.
Fazer filme não é fácil, ainda mais sem recurso. O que você pre­tende com essa obra?
É um sonho coletivo. Não visamos lucro com este filme, que­remos mostrar o talento de cada um e como cada um tem sonho de ser ator atriz, jornalista etc. Pra cada um de nós este filme pode ser um grande passo, além de realizar o sonho de cada um de nós.
E depois de pronto, qual o próximo passo?
Se tivermos mais recursos queremos continuar com produ­ções não só aqui em Imperatriz, mas no Maranhão fazendo fil­mes para divulgar para todo o Brasil.
Qual o momento mais legal que vocês passaram até aqui?
Sempre é nas gravações. Principalmente nos erros de grava­ções. Ficamos muito felizes quando estamos na rua gravando e ficam várias pessoas na rua nos olhando fazer o nosso trabalho.
E o pior?
O pior momento é porque o filme está atrasado. Nós só gra­vamos nos fins de semana e feriados. E tem final de semana que ficamos sem gravar porque às vezes falta um ou outro.
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