CINEMA
Comédia tocantina chega aos cinemas em 2016
Produção do mesmo grupo responsável pelo primeiro longa-metragem amador 100 Noção traz para o cinema as aventuras de quatro amigos recheadas de muito humor e confusão
![filme de imperatriz](http://www.oimparcial.com.br/_midias/jpg/2015/12/21/683x455/1_201215___capa_impar___filme_imperatriz-186672.jpg)
Uma aventura cinematográfica de quatro amigos muito atrapalhados está movimentando a cidade de Imperatriz. A produção Pois é, num tem! está em fase de gravação com previsão para ser finalizada em março de 2016. “Estamos com 50% de gravação e edição. Começamos a gravar em junho e, se der tudo certo, em março já estaremos sendo vistos por aí”, conta Joenes Chagas, diretor e roteirista do filme.
Todo o filme está sendo feito por amadores, mas é levado muito a sério. As locações de Imperatriz são nos bairros humildes e mais distantes do centro da cidade, mas também nos pontos turísticos, como Beira Rio, Praça Mary de Pinho (Recém-inaugurada) Quatro Bocas.
Pois é, num tem! é um longa de ação, romance e comédia que traz as aventuras de quatro amigos. Um deles coleciona várias amantes e um dia é surpreendido com a notícia de que a esposa, a quem tanto maltrata, ganhou prêmio acumulado da loteria e que o próximo passo da milionária é planejar dar o troco para o maridão. Mas no meio disso tudo algo dá errado.
O filme é uma produção do mesmo grupo responsável pelo primeiro longa-metragem amador gravado na Vila Macedo, o 100 Noção (2011), que, a exemplo desse, também foi custeado com recursos próprios.
Uma equipe de 23 pessoas integra o filme. Cinco pessoas compõem a produção, uma direção e o restante de atores. Jonas Andrade (Kamaleão), Edinaldo Ribeiro (Pelé), Eduardo Sena (Futuca), Zakeu Santos (Maradona) formam o elenco principal.
“Lembrando que nenhum que participa deste projeto é ator profissional. Idealizei um roteiro com o mesmo elenco base e que conta a história desses quatro amigos que vivem se metendo em confusão. Um deles coleciona fama de pegador de mulher, quando ele descobre que sua mulher ganhou na loteria e que a mesma vai se separar dele, ele bola um plano pra tentar se dar bem, porém algo inesperado acontece…”, conta Joenes.
Atuação amadora
Joenes destaca que os atores são amadores mesmo. Ninguém sequer fez um curso de teatro, mas mantem o sonho de se profissionalizar e serem grandes atores. “Temos pessoas com as mais diversas profissões, a exemplo de jornalistas, eu sou técnico em informática, tem pessoas de idades variadas também. Nosso ator mais novo tem 21 anos e a mais velha tem 69 anos, Maria Rita, que faz o personagem Rosinha, mãe da mulher que ganha na loteria. Ela nunca tinha feito algo do tipo e deixou todos nós de boca aberta com atuação dela” destaca o diretor.
Como em todo o trabalho, a produção driblou as dificuldades iniciais para tirar a ideia do papel e jogar para a telona. Primeiro tiveram que conseguir os equipamentos. Segundo Joenes, eles começaram do zero. “Só mesmo com a vontade de fazer. Ainda hoje precisamos de materiais. Mas com o que temos já dá para fazer um bom filme. Aguardem! Estamos fazendo o máximo pra arrancar vários risos de vocês!”.
![filme de imperatriz](http://www.oimparcial.com.br/_midias/jpg/2015/12/21/341x227/1_201215___capa_impar___filme_imperatriz2-186673.jpg)
8 perguntas// Joenes Chagas
Como vocês estão avaliando essa produção?
Essa é a primeira que estamos fazendo no sério. Com a qualidade melhor que conseguimos. Mas fizemos um filme mais amador em 2011, o 100 Noção, só por brincadeira mesmo, que seria apresentado somente no nosso bairro, mas como a mídia ficou sabendo, divulgamos para a cidade toda. Mas a produção foi muito baixa, não se compara com o de agora.
E era com o mesmo elenco?
Alguns sim. Este novo filme conta com novas pessoas e participações de pessoas conhecidas da cidade, como o repórter Hemerson Pinto de uma TV local. Lembrando que todos são amadores e voluntários.
Em quanto está avaliada a produção?
Cerca de 4 mil reais.
E como vocês estão conseguindo recursos?
Pedindo patrocínio, fazendo bingos e também com nossos recursos. Sobre o patrocínio, temos alguns de pequenas mercearias do nosso bairro. Nenhuma loja grande até então patrocinou.
Fazer filme não é fácil, ainda mais sem recurso. O que você pretende com essa obra?
É um sonho coletivo. Não visamos lucro com este filme, queremos mostrar o talento de cada um e como cada um tem sonho de ser ator atriz, jornalista etc. Pra cada um de nós este filme pode ser um grande passo, além de realizar o sonho de cada um de nós.
E depois de pronto, qual o próximo passo?
Se tivermos mais recursos queremos continuar com produções não só aqui em Imperatriz, mas no Maranhão fazendo filmes para divulgar para todo o Brasil.
Qual o momento mais legal que vocês passaram até aqui?
Sempre é nas gravações. Principalmente nos erros de gravações. Ficamos muito felizes quando estamos na rua gravando e ficam várias pessoas na rua nos olhando fazer o nosso trabalho.
E o pior?
O pior momento é porque o filme está atrasado. Nós só gravamos nos fins de semana e feriados. E tem final de semana que ficamos sem gravar porque às vezes falta um ou outro.
VER COMENTÁRIOS