70 anos de música
Cantor e violonista Geraldo Azevedo se apresenta em São Luís nesta sexta-feira
Geraldo Azevedo realiza apresentação solo, voz e violão, nesta sexta-feira, no palco da Casa das Dunas (Av. Litorânea), oferecendo ao público ludovicense uma noite cheia de romantismo e musicalidade, relembrando sucessos como Dia Branco, Táxi Lunar, Canção da Despedida, Caravana, Sabiá e Bicho de Sete Cabeças. Nascido em Petrolina, em pleno sertão pernambucano, no dia […]
Geraldo Azevedo realiza apresentação solo, voz e violão, nesta sexta-feira, no palco da Casa das Dunas (Av. Litorânea), oferecendo ao público ludovicense uma noite cheia de romantismo e musicalidade, relembrando sucessos como Dia Branco, Táxi Lunar, Canção da Despedida, Caravana, Sabiá e Bicho de Sete Cabeças.
Nascido em Petrolina, em pleno sertão pernambucano, no dia 11 de janeiro de 1945, Geraldo Azevedo iniciou a carreira musical na década de 1960 como apresentador do programa de rádio “Por Falar em Bossa Nova”, onde era responsável por compor e tocar ao vivo as vinhetas e música tema, sob a forte influência das músicas de João Gilberto que chegavam ao sertão nas ondas do rádio. Mas foi em Recife, para onde se mudou para finalizar os estudos, que Geraldo Azevedo entrou de vez para a música profissional, tocando em bares e grupos de teatro da capital pernambucana e compondo a música “Aquela Rosa”, vencedora do 2º Festival de Música do Nordeste de 1967.
Nessa época, muda-se para o Rio de Janeiro, onde passa a integrar a banda Quarteto Livre, que acompanha Geraldo Vandré, parceiro musical que Azevedo viria a compor durante a Ditadura Militar a música Canção da Despedida, que ao longo da história se tornou o hino dos movimentos de protesto no Brasil. Por sua atuação nos movimentos artísticos e intelectuais do Rio de Janeiro, Geraldo Azevedo chegou a ser preso e torturado pela Ditadura Militar em 1969 e 1974. Na última prisão, além de torturado, foi humilhado pelos militares que o fizeram cantar e dançar uma de suas composições, a música Caravana, que fazia sucesso na época na trilha da novela Gabriela Cravo e Canela, da Rede Globo.
Apesar da década de chumbo, os anos de 1970 também foram especialmente importantes para Geraldo Azevedo, pois foi nesse período que ele conheceu Alceu Valença e Elba Ramalho, com quem mais tarde ganharia relevante destaque na música nacional por meio do projeto O Grande Encontro, trabalho em que os três juntamente a Zé Ramalho faziam uma exaltação à música do nordeste, sendo que o primeiro volume desse trabalho lançado em 1996 ganhou o Disco de Platina Triplo.
Em cinquenta anos de carreira, entre parcerias e gravações solo, Geraldo Azevedo reúne quase 30 discos, desde o primeiro lançando em 1972 em parceria com Alceu Valença até o último lançado em 2011 que traz composições que tratam sobre a temática do Rio São Francisco. E mesmo com essa extensa bagagem cultural, o músico pernambucano parece nem pensar em aposentadoria, pois já prepara a gravação de mais um CD com composições inéditas, em comemoração aos 70 anos.
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