Com um investimento de mais de R$ 10 milhões, o Sampaio Corrêa encerrou a temporada de 2015 sem conquistar nenhum título e amargando erros e decepções, apesar de campanha histórica na Série B do Campeonato Brasileiro.
O ano tricolor começou com a equipe disputando três competições no primeiro semestre e a euforia de participar pela primeira vez da Copa do Nordeste, mas a eliminação da equipe ainda na primeira fase por conta de um erro administrativo custou caro aos cofres do clube.
O volante Curuca foi escalado irregularmente na primeira rodada da competição e o Sampaio acabou punido com a perda de seis pontos, que culminou na eliminação precoce. Se não fosse o erro, a equipe teria terminado em primeiro no grupo B, que também tinha Sport, Cururipe-AL e Socorrense-SE.
A média de público na Copa do Nordeste foi outra decepção para a diretoria do Tricolor. Apenas 4.361 pagantes por jogo, número muito abaixo do esperado e apenas a 11ª melhor entre os 20 participantes.
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Léo Condé fez excelente trabalho no comando do Sampaio
Na Copa do Brasil, um susto logo na estreia com uma derrota por 3 a 2 para o modesto Estrela do Norte, do Espírito Santos, que foi prontamente superada por uma goleada por 4 a 1 no Estádio Castelão.
A eliminação para o Palmeiras, na segunda fase, foi dentro do esperado, apesar de que a goleada sofrida em São Paulo, de virada, por 5 a 1 foi um golpe duro nas pretensões do Sampaio.
O bicampeonato estadual, que era uma obrigação para a torcida, acabou não vindo e após uma primeira fase decepcionante em que o time classificou apenas em quarto lugar, e teve empates contra Expressinho, Santa Quitéria e Cordino, o time acabou deixando o título escapar em derrota por 3 a 1 para o Imperatriz.
A perda da final custou o emprego do técnico Oliveira Canindé, que foi substituído por Arlindo Maracanã, interinamente, e depois por Léo Condé no restante da temporada, principalmente na Série B.
Após sonhar com o acesso durante boa parte da campanha no nacional, o Sampaio acabou terminando entre os oito melhores conquistando uma colocação histórica, mas que ficou com um gosto amargo para o torcedor do Tubarão.
O excesso de empates, 12 no total (até o término desta edição o time ainda não tinha entrado em campo contra o Paraná), e o aproveitamento de apenas 28% dos pontos disputados longe de São Luís foram os principais fatores para não alcançar o objetivo traçado pela diretoria.
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Frota revelou que investimento no Brasileiro seria de R$ 9 milhões
O presidente do Sampaio Corrêa, Sérgio Frota, declarou em entrevista coletiva realizada em agosto, que o investimento do clube para a disputa da Série B seria de aproximadamente R$ 9 milhões, gastos principalmente com despesas de folha salarial que girava em torno de R$ 650 mil.
Esses valores são considerados os maiores já investidos por um clube de futebol maranhense em uma só competição. Somados com os valores gastos no primeiro semestre com as três competições, o montante supera os R$ 10 milhões.
Esse valor só foi viável por conta das receitas televisivas da Série B, em torno de R$ 2,7 milhões, além de R$ 2,3 milhões de renda líquida da competição. O clube também se beneficiou de verbas via Lei de Incentivo do Estado do Maranhão, cujos valores chegaram a aproximadamente R$ 2 milhões.
A reformulação do programa sócio-torcedor também foi uma fonte importante de renda contando atualmente com mais de 2.100 torcedores ativos que geram em média R$ 100 mil aos cofres do clube, mas cujos números ficaram abaixo da meta estabelecida que seria de cinco mil sócios ao fim de 2015.