O mesmo drama

Amigos, outra vez a bola bateu na trave e não entrou. Estamos falando do Sampaio Corrêa na Série B do Brasileiro. Novamente, faltou muito pouco para a equipe subir e as coisas só não deram certo, por motivos muito parecidos com o que aconteceu em 2014: excesso de empates (12) e a falta de um […]

Amigos, outra vez a bola bateu na trave e não entrou. Estamos falando do Sampaio Corrêa na Série B do Brasileiro. Novamente, faltou muito pouco para a equipe subir e as coisas só não deram certo, por motivos muito parecidos com o que aconteceu em 2014: excesso de empates (12) e a falta de um goleador.
Bem que a tabela ajudou. Em várias oportunidades os concorrentes deram espaço, mas o Tricolor não soube tirar proveito. Principalmente, nesta reta final. Volto a repetir: não adianta ficar fazendo cálculos. O time dependia dele mesmo nas seis últimas rodadas e não cumpriu seu dever de casa no momento mais importante.
Ficar fazendo comparações com resultados ruins, das equipes que lutam pelo mesmo objetivo também não justifica absolutamente nada. Cresceram sim, os times que menos erraram e melhor se comportaram taticamente, além de possuírem boas opções no banco de reservas.
O Sampaio deu uma boa largada no Brasileiro, ao ponto de assustar equipes tradicionais. A queda de produção, todavia, começou quando o Vitória-BA arrancou o atacante Robert, ao que parece, apenas para dar uma freada na campanha do representante do Maranhão. O jogador foi muito pouco aproveitado e ficou o tempo todo vendo Elton como titular.
Sem o “homem-gol”, a situação ficou dramática, como ocorreu igualzinho no ano passado. As jogadas eram construídas, mas durante várias rodadas só o meio de campo finalizava. Sorte que Nadson estava em boa fase e resolveu a parada quando foi possível. Contrataram Douglas, que fez muito pouco, e Jheimy, que teve apenas alguns lampejos. As seguidas contusões o tiraram da equipe nos momentos em que esta mais precisava dele.
Fora disso, os empates com o Boa Esporte (teve pênalti perdido) e diante do Oeste, quando esteve com “a faca e o queijo na mão”, pronto para subir, selaram a desclassificação do time. Foram quatro pontos preciosos que, somados aos atuais, deixariam a equipe com 61 neste momento, colada no Santa Cruz.
Matematicamente, ainda há chances, desde que o Sampaio conquiste duas vitórias e os demais concorrentes não pontuem mais. Ainda assim, o Tricolor esbarra na desvantagem do critério de desempate. Possui menor número de vitórias.
Ainda tem gente acreditando em um milagre. Porém, a grande maioria não se ilude. Ficou mais uma lição. Que em 2016 os erros sejam corrigidos e o drama não se repita.
Foi longe
A bem da verdade, esse time do Sampaio Corrêa foi até longe demais. É uma equipe apenas esforçada. Não tem nenhuma estrela. O técnico Léo Condé conseguiu, pelo menos, dar entrosamento ao grupo. Controlar o jogo quando atuava em casa, foi sem dúvida, uma de suas maiores virtudes.
A equipe tem um goleiro apenas razoável, dois laterais limitados, uma boa dupla de zaga, um bom volante (Léo Salino), dois meias de qualidade e só. Pimentinha e Edgar não conseguem manter uma regularidade.
Pecado capital
No jogo contra o Bragantino, o maior erro do Sampaio Corrêa foi liberar os volantes para atacar, deixando livres os três habilidosos homens de meio-campo da equipe paulista. Com isso, o mais perigoso deles (Alan Mineiro) ficou à vontade para puxar os contragolpes, driblar, lançar e chutar em gol. Tudo isso aconteceu desde o primeiro tempo. Bem que o posicionamento de Léo Salino e Diones poderia ter sido mudado, após uma conversa do técnico no intervalo. Ao que tudo indica, ninguém ligou para este detalhe.
Atacar e defender
Um dos maiores problemas desta equipe comandada por Léo Condé foi não saber jogar atacando e se defendendo, simultaneamente, contrariando a filosofia de jogo do treinador, conforme suas próprias palavras quando aqui chegou e deu entrevistas nesse sentido. Por conta disso, ao se defender e não atacar, perdeu jogos importantes, como aquele de Criciúma, nos minutos finais.
Treinos secretos
Perguntar não ofende. O que estaria acontecendo durante os treinos secretos do Sampaio, se o time não apresenta nenhuma novidade em campo? Essa equipe vem jogando todo o tempo da mesma forma como começou a Segundona e as falhas mais comuns também nunca foram corrigidas. Nesse aspecto, Condé está empatando com Dunga, técnico da Seleção Brasileira.
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