MÚSICA

Glad Azevedo e o seu Pocket Show no Projeto Pôr do Som

Cantor e compositor que está radicado no Rio de Janeiro fará apresentação de canções inéditas, que vão estar no seu próximo CD, como Samba do Approach, de autoria de Zeca Baleiro, além de outras versões

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O cantor e compositor Glad Azevedo está em São Luís para participar de projetos, como a gravação do DVD do projeto Som Mará, rever amigos e fazer contatos para futuras apresentações na cidade. Morando no Rio de Janeiro há 20 anos, o cantor está em fase de gravação do próximo CD da carreira, que deve ser lançado após o carnaval de 2016. A última obra foi Canto de Lá (Mills Record’s, 2009). Antes, porém, o cantor revela que deverá vir a São Luís em janeiro para um projeto especial, que ainda quer guardar segredo. “Ainda estamos finalizando, depois a gente fala”, comenta.
No DVD do projeto Som Mará, Glad participa com as músicas Aquela e Viagem de Novembro (de Erasmo Dibbel). “Aquela é uma música minha e que nunca foi gravada, embora tenha vencido o Prêmio Universidade FM de melhor música em 2012. Estou feliz que ela agora será registrada. Isso para o artista é muito bom, poder levar sua obra para mais pessoas ouvirem”, atesta Glad.
O cantor e compositor, que está radicado no Rio de Janeiro, fará um “Pocket Show”, hoje, a partir das 17h, no projeto Pôr do Som, que é uma criação dos DJs Pedro Sobrinho, Franklin Santos e Frederic Lefebvre, no bar e restaurante L´Apero, Praia de São Marcos. Antes e depois do show, tem a tradicional discotecagem dos “deejays” residentes. Durante a audição, com início às 22h, Glad vai apresentar canções inéditas, que vão estar no seu próximo CD, em fase de pré-produção; releituras da Música Popular Brasileira, entre as quais, Samba do Approach, de autoria de Zeca Baleiro, e Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme, de Reginaldo Rossi, além de outras canções.
Sobre o novo disco, Glad garantiu que o trabalho, sem título definido, está sendo gravado de maneira independente, no Rio de Janeiro. “A direção musical é minha e Léo Brandão, músico brasiliense que toca com Zélia Duncan. A previsão do lançamento é para depois do Carnaval. Mas, em janeiro, estarei divulgando no rádio o primeiro ‘single’ do álbum. Estou em dúvida, pois têm duas músicas que eu gosto. Mas tenho que escolher apenas uma para trabalhar. São elas: História de Pescador e Ar”, ressaltou.
Cantor, compositor e violonista, Glad começou a estudar violão aos nove anos e, aos 18, mudou-se para a capital carioca, a fim de estudar música. E lá se vão 20 anos. “Comecei no Colégio Santa Teresa, onde ganhei o primeiro festival de música como melhor intérprete, e o festival lá era muito forte. Nomes da música maranhense como Mano Borges, Nosly, Rosa Reis também passaram por lá”, conta.
Em 1989, lançou o primeiro álbum solo, Inocência. Já em São Paulo e depois no Rio de Janeiro, participou de vários programas de auditório em canais de televisão. Apresentou-se no Show de Calouros do SBT, recebendo nota máxima de todos os jurados pela interpretação da música Sonhos (de Peninha).
Em 1994 voltou a São Luís para gravar o seu primeiro CD, Marcas, cuja música título foi uma das mais executadas nas rádios locais. Em 2005 veio o terceiro álbum, Por Inteiro e o Quase Tudo, com as participações especiais do saxofonista Milton Guedes e do cantor e compositor Orlando Moraes.
Em 2009, o CD Canto de lá homenageou compositores maranhenses, como: João do Vale, Sérgio Habibe, César Teixeira, Chico Maranhão, Chico da Ladeira, Josias Sobrinho, Nonato Buzar, entre outros.
“Esse CD foi uma volta às minhas raízes. Foi o encontro com a minha verdadeira identidade musical, e foi a junção de tudo que tem de musicalidade, de ritmos. Considero um divisor de águas e um projeto que sempre tive vontade de fazer”, conta.
Mas nem só de música vive Glad no Rio de Janeiro. O artista é envolvido em vários projetos, como, por exemplo, o Corujão da Poesia, realizado pelo produtor cultural João Luís Souza, do qual é curador musical e, paralelamente à sua carreira solo, integra o grupo Voluntários da Pátria, que mescla música contemporânea e poesia; e integra o CJP – Conexão Japa Preta, com Sandra de Sá, Dani Suzuki, entre outros. Um projeto que já dura cinco anos e promove o encontro de músicas e novas parcerias entre atores, músicos, fotógrafos.
Música Maranhense
Acho que não existe isso de música maranhense. É música brasileira. O Brasil é muito rico culturalmente e o Maranhão é celeiro disso tudo, tem diversidade musical, o que é um grande barato. O que dizer de Chico Science, que juntou todos os ritmos e universalizou, conseguiu torná-la universal? Taxar a música é para os fracos.
Carreira
Estou gravando o próximo disco, que terá 10 faixas autorais, com produção do Léo Brandão, que toca com Zélia Duncan. É a primeira vez que estou trabalhando com um arranjador que não é maranhense. Nos outros trabalhei com Israel Dantas e Jayr Torres.
O CD Canto de Lá foi um divisor de águas, então, é um projeto que ainda não terminou, pode vir a ter o segundo, o terceiro. Jorge Ben Jor disse que o disco tinha músicas que ele gostaria de ter feito. Você ouvir isso de um artista como ele é uma honra.
Projetos
O Corujão da Poesia, do qual sou curador, nasceu no andar de cima de uma Livraria Letras e Expressões. Era uma vigília por onde passaram muitos artistas insones que se reuniam pela arte. O Voluntários da Pátria mescla música contemporânea e poesia, e através de performances fazemos reflexões coletivas, fazemos a aproximação do artista com o público. Viajamos o Brasil inteiro, eu, Tico Santa Cruz, Tavinho Paes, Betina Kopp, Igor Cutrim, Edu Planchéz, que são a base do grupo. Estivemos recentemente no Acre e estaremos em seguida em Niterói (RJ). Também integro o CJP-CONEXÃO JAPA PRETA, com Sandra de Sá, Macau e Dani Suzuki. É um encontro de artistas de todas as artes, que amam música.
Parcerias
O Freddy Ribeiro (ator, diretor) me indicou para o Jorge Mautner (cantor, compositor), que estava precisando de um violonista. O Jorge me ligou e me convidou para tocar com ele. Isso, para um artista, é muito. Faz 33 anos que estou nessa carreira de músico. Eu toquei acompanhando Gilberto Gil no Sesc Pompeia… Então você estar no palco, com seu instrumento, e pensar que você está fazendo o que sempre queria fazer, faz valer a pena você ter começado com 9 anos. Ivan Lins, Sandra de Sá, Jorge Ben Jor, Maria Gadú eram meus ídolos e hoje são meus parceiros, assim como George Israel Macau, tenho reconhecimento deles. Às vezes, você não tem um sucesso nacional, mas tem um sucesso seu, que faz com que você sobreviva da música e trabalhe com pessoas que são grandes nomes da música.
Discografia
Inocência (1989)
Marcas (1994)
Por Inteiro e o Quase Tudo (2005)
Canto de lá (2009)
Serviço
O que: Projeto Pôr do Som, com os DJs Pedro Sobrinho e Franklin Santos, convida Glad em “Pocket Show”.
Quando: Hoje
Horário:17h
Local: Bar e Restaurante L´Apero (Praia de São Marcos)
Couvert: R$ 6,00
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