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Consumidor está pagando mais caro pela energia desde o início do ano, como também mantida a cor vermelha
As contas de luz não terão refresco neste fim de ano. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou ontem que a bandeira tarifária válida para dezembro continuará sendo de cor vermelha. Isso implica acréscimo de R$ 4,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia consumidos em todas as unidades da Federação, exceto Amapá e Roraima, que ainda não estão conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
O consumidor está pagando mais caro pela energia desde o início do ano. A bandeira vermelha representa a existência de condições mais adversas para a geração elétrica no país, com uso maior de energia proveniente de usinas termelétricas, que é mais cara. Há ainda a bandeira amarela, quando a cobrança adicional é de R$ 2,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, e a verde, sem custo adicional para o consumidor. Desde janeiro, contudo, foi mantida a cor vermelha.
Ajuste
O sistema de bandeiras tarifárias foi implementado — depois de um ano de estiagem, de dificuldade de geração nas hidrelétricas do país, e de uso de térmicas a todo vapor — com o intuito de alertar o consumidor sobre o custo corrente da energia, além de dividir com ele o ônus.
Desde que foi criada, em janeiro, a bandeira tarifária já passou por duas correções de valores, quando foi implementado. O valor adicional cobrado na cor vermelha foi estabelecido inicialmente em R$ 3 para cada 100 kWh. A partir de março, três meses depois do início da cobrança, o preço foi elevado para R$ 5,50, e em setembro, caiu para R$ 4,50.
Aluguel pode subir 10,69%
Quem contrato de aluguel vencendo em novembro pelo Índice Geral de Preços — Mercado (IGP-M) pode ter que pagar 10,69% a mais pela locação, caso não consiga negociar com o proprietário. Apesar da desaceleração de outubro para novembro, quando o indicador passou de 1,89% para 1,52%, o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) André Braz prevê que o IGP-M encerre 2015 na faixa de dois dígitos.
No acumulado do ano, o índice está em 10%. Braz aposta que a recente acomodação do dólar sustentará uma alta menor da carestia, no mês que vem. “O repasse do câmbio chegou aos bens finais e às matérias-primas. Não estão se formando novos pontos de pressão, o que sugere que o IGP-M venha mais baixo em dezembro”, afirmou.