O problema da venda de combustível em São Luís parece não ter fim. É notável a diferença de preços de um posto de gasolina para o outro na capital. A diferença no preço da gasolina comum na capital pode chegar até a R$ 0,50. Deixando assim os consumidores intrigados com tamanha diferença nos valores.

A equipe de O Imparcial esteve em alguns pontos da cidade e constatou que os preços do litro da gasolina variam de acordo com o bairro onde o posto esteja localizado.

Em bairros de periferias por onde a reportagem percorreu, encontrou valores da gasolina de R$ 3,09 a R$ 3,19. Por exemplo, no bairro do Anil, a maioria dos postos de gasolina estão vendendo o litro do combustível com o valor até de R$ 3,19.

A diferença é tão visível que havia filas em alguns destes estabelecimentos e motoristas satisfeitos com o valor. O motorista Cleiton Rocha afirmou que vale a pena gastar tempo e ficar na fila, aguardando para abastecer, pois é uma economia no bolso. “Vivo pesquisando onde têm postos com os preços mais acessíveis, na verdade até sei onde são os bairros. Não consigo é entender a razão de um mesmo produto ter um preço tão diferenciado no mercado”, disse.

O motorista José Lima contou que sempre abastece no mesmo posto, pois sabe a economia que tem no fim do mês. Porém, algumas vezes, quando acontece um emergência e encontra-se próximo de bairros como Calhau, Renascença, não tem outra opção a não ser recorrer aos preços abusivos.

Em bairros mais elitizados, a reportagem encontrou preços que variam de R$ 3,33 até R$ 3,50. Comparando os preços, a diferença chega a ser de R$ 0,50. A motorista Milene Maia falou que é um absurdo a diferença de preços de acordo com o bairro.

Segundo ela, no bairro em que ela reside, que é o Turu, o preço do litro da gasolina comum é R$ 3,50. “Recuso-me a abastecer com este preço, sabendo que posso encontrar preços mais em conta. Prefiro me deslocar para outros bairros, ainda mais em tempos de crise pela qual estamos passando”, desabafou.

De acordo com informações do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Maranhão (Sindicombustíveis), os associados não são orientados sobre preços, visto que esta não é uma atividade-fim da entidade.

Ainda de acordo com o Sindicombustíveis, se houvesse orientação, seria caracterizado como cartel, o que é crime. A atividade é de livre comércio, cada um pratica valores de acordo com sua planilha de custos individuais. Tentamos contato com o diretor do Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor do Maranhão (Procon), mas não obtivemos resposta, pois ele está viajando a trabalho e se manifestará assim que retornar.