Pilates é uma opção para tratar doença

Conhecida como labirintite, a doença do ouvido que afeta o labirinto, estrutura formada pela cóclea e vestíbulo, responsáveis pela audição e pelo equilíbrio, causa vertigens, tonturas, náuseas, vômitos, perda ou redução de audição, zumbidos no ouvido e até queda de cabelo. De difícil tratamento, a doença vestibular é uma das mais conhecidas e afeta cerca de 33% das pessoas em alguma fase da vida. Na terceira ida-de, este índice pode chegar a 65% da população de acordo com dados publicados pelo Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

De acordo com o fisioterapeuta Rafael Marinho, da Tao Terapias Integradas, apesar de não ter cura, o tratamento das doenças vestibulares como a labirintite, é eficaz e inclui o uso de medicamentos, após diagnóstico médico, e a realização de exercícios terapêuticos, como o pilates, que tem sido indicado para diminuir a incidência de crises. “Como a patologia é crônica, os exercícios se encaixam como parte principal do tratamento. Os medicamentos amenizam as crises e o pilates retarda a incidência delas”, afirma.

Rafael Marinho é responsável por desenvolver protocolos do método pilates para tratar doenças vestibulares,e explica que a indicação do tratamento depende de avaliação criteriosa do paciente, pois cada plano de exercícios é único. “Após a avaliação no estúdio, o instrutor de pilates elabora o protocolo, que é a série de exercícios ideal

para estimular o sistema vestibular a se adaptar aos sintomas da doença, como as tonturas e vertigens e responder melhor a eles”, ressalta.

Tratamento

De acordo com o especialista, o paciente com labirintite sente instabilidade por conta da sensação de rotação, que pode surgir através de estímulos diversos. “Normalmente as vertigens aparecem devido a fatores externos como alguém balançado a perna próximo ao paciente, os carros no trânsito, um movimento brusco. Ou por fatores como irritação, tensão, ingestão de alguns alimentos que desencadeiam crises”, explica.

O tratamento com o método pilates faz com que o paciente desenvolva uma maneira de prevenir as crises, porém, o método não funciona sozinho. “O tratamento com o pilates depende de um conjunto de assistências medicas, fisioterapêuticas, fonoaudiológicas e nutricional também, todos precisam de orientação profissional e especializada”, pondera Rafael Marinho.