O maranhense Silvestre de Souza, de 28 anos, está se destacando em toda a Inglaterra. Na Europa, Silvestre é conhecido como ”Winning Machine”, que quer dizer “Máquina de Vencer”. Vitórias que ele já saboreava aqui no Brasil como jóquei. Mas nada comparado ao sucesso desde que foi para a Inglaterra de mala e chicote em 2006: foram mais de 160 triunfos.

Silvestre tem apenas 1,50m de altura e 50 kg. Medidas perfeitas para um esporte que na Grã-Bretanha é tão popular quanto o futebol no Brasil. São cerca de 50 corridas por dia em pelo menos sete hipódromos espalhados pelo país. E nessa área, o Silvestre é rei.

O destaque internacional já chegou a Índia, quando ganhou este ano o Grande Prêmio de turfe: 20 milhões de rúpias. O equivalente a R$ 750 mil. Chegou a ser chamado de ”gênio” pela imprensa especializada.

“O Silvestre é mesmo genial”, confirma o dono de alguns cavalos que o maranhense costuma montar.

Modesto, o jóquei tenta explicar o sucesso: “Não me acho bom. Eu acho que uma vitória chama outra vitória, porque acabo pegando cavalos cada vez melhores. E eu procuro agarrar as oportunidades com as duas mãos”.

O jóquei pretende voltar para o Brasil e abrir seu próprio haras para criar campeões.

Natural do Maranhão, mais precisamente da cidade de São Francisco do Maranhão, caçula de uma família de dez irmãos, Silvestre começou sua carreira aos 17 anos.

Aos 32 anos de idade, Silvestre de Souza conduziu African Story (Godolphin) ao triunfo na Dubai World Cup (G1), em 2.000 metros, tapeta, em Mayden Race Course, nos Emirados Árabes. A prova, a de melhor dotação do turfe, com uma bolsa de U$ 10 milhões, fez o brasileiro alcançar no sábado p.p. a maior vitória de sua carreira.