Rock in Rio

Problemas de som marcam o show do Metallica na 2ª noite do Rock in Rio

Os gigantes do metal foram silenciados por longos minutos. A Cidade do Rock ficou muda

Metallica

O Metallica não veio pela terceira vez consecutiva ao Rock in Rio no Brasil por um acaso da vida. James, Lars, Kirk e Robert sabem bem o que fazem. E justamente por isso, a cada show em terras tupiniquins, deixam um legado diferente. Desta vez, entretanto, um pitoresco problema de som interferiu diretamente no desempenho da banda na madrugada deste domingo (20/9). Os gigantes do metal foram silenciados por longos minutos. A Cidade do Rock ficou muda. O que estaria acontecendo? Constrangidos, eles abandonaram o Palco Mundo. Pouco tempo depois, retornaram com a acústica The Unforgiven para recolocar as coisas nos eixos “Vocês podem me ouvir”, perguntou James Hetfield. “Acho que sim Vamos recomeçar, então”, brincou.

Fato é que o grave problema quebrou o ritmo ensandecido da apresentação do quarteto. O rock pesado, as guitarras frenéticas e o repertório variado: tudo que se viu ali depois foi uma banda um tanto quanto constrangida e perdida, apesar dos anos de estrada e experiência.
O começo da apresentação foi muito boa, é verdade. O atraso de 40 minutos foi recompensado com um início fulminante, digno da grandeza do Metallica “Rio de Janeiro, espero que vocês estejam bem porque o Metallica está com vocês”, berrou James Hetfield logo no início do show. Fuel, do disco Reload (1996), se encarregou de abrir os trabalhos.
Durante a execução de Turn The Page, mais problemas de som. James parecia irritado. Em alguns momentos, chegou a berrar com a equipe de som e, meio sem jeito, disse um ‘Obrigado’ pouco convidativo. ‘One’ e ‘Master of Puppets’, dois clássicos do Metallica, vieram na sequência. A impressão que dava era de que a banda queria terminar logo aquele show. A guitarra de Kirk não era mais a mesma. Com pressa, ele pouco solou e, quando o fez, foi sucinto. Sem espaços para o improviso, como de costume.
Segundo a organização do Rock in Rio, a parada no som ocorreu devido a uma desconexão da linha de saída de som entre a mesa da banda e a do festival. Se o Rock in Rio pecou pelo line-up repetitivo e um modelo de entretenimento arriscado, no qual privilegia tudo menos a música, o Metallica pagou por isso. E pagou caro. O erro, claro, não arranhou a imagem de James e companhia no Rock in Rio. Afinal, foram duas apresentações (2011 e 2013) impecáveis. Mas, de alguma forma, o fato contradisse o lema de Medina de que música pode ficar para depois. Não, não pode. Não quando o assunto é rock ‘n’ roll e Rock in Rio.
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