POLIMENTO

Mãe d´Água da Amazônia passará por manutenção

A escultura de bronze da Mãe d’Água, instalada em frente a Igreja da Sé, foi removida temporariamente na última terça-feira pela Prefeitura de São Luís, por meio da Subprefeitura do Centro Histórico, para que sejam iniciadas as obras de requalificação da fonte. Além da questão da segurança da escultura de Newton Sá, uma das mais […]

A escultura de bronze da Mãe d’Água, instalada em frente a Igreja da Sé, foi removida temporariamente na última terça-feira pela Prefeitura de São Luís, por meio da Subprefeitura do Centro Histórico, para que sejam iniciadas as obras de requalificação da fonte.
Além da questão da segurança da escultura de Newton Sá, uma das mais conhecidas do artista maranhense, a retirada se deu, segundo informou o subprefeito do Centro Histórico, Fábio Henrique Carvalho, para que a escultura receba a manutenção devida, com o tratamento de polimento, que deve ser feito a cada cinco anos.
Considerado um dos principais representantes do neoclassicismo no Maranhão, com certo tique romântico, foi o escultor Newton Sá. Nascido em Colinas (MA), no dia 3 de agosto de 1908, iniciou-se na arte através de desenhos a carvão, expostos pela primeira vez no ateliê do português Avelino Pereira, em 1924, quando tinha 16 anos.
A obra do artista que ainda é desconhecido por muitos maranhenses foi registrada em livro pela artista plástica Raimunda Fortes, professora de História da Arte, na UFMA, no seu livro “A Obra Escultórica de Newton Sá”, publicado pela Editora Siciliano, em 2001. Segundo Raimundo Fortes Newton Sá, dedicou-se à escultura a partir de 1927, tendo sido o único representante desse gênero no Salão dos Novos naquele ano.
Tempos difíceis. Apesar de já instalado em seu próprio ateliê no último andar de um sobrado na rua Afonso Pena, nº 6, e das peças feitas para particulares. O artista reclamava não receber encomendas dos poderes públicos para realizar obras em logradouros da cidade.
Numa entrevista a Rubens Damasceno (Folha do Povo, São Luís, 24 mar. 1927, p. 2), ele desabafa: “…infelizmente, eu sou Maranhense e meu nome só tem um W e não tem três ou quatro consoantes juntas. Aqui só têm valor os trabalhos estrangeiros, embora inferiores aos nacionais” (apud FORTES, p. 55).
O apoio viria das mãos do importante médico Filogônio Lisboa que lhe garante recursos materiais para o ateliê, concorrendo para a concretização de suas exposições dentro e fora do Estado, até que em 1934, através de uma bolsa do governo, vai estudar na Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio.
VER COMENTÁRIOS
veja também
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias