Senador Romário faz pedido e CPI do Futebol aprova quebra do sigilo bancário de Del Nero
Escalado pelo PMDB para ditar o ritmo da CPI, o senador Romero Jucá, que é relator da comissão, afirmou que o momento não era adequado, entretanto foi voto vencido
Escalado pelo PMDB para ditar o ritmo da CPI, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que é relator da comissão, afirmou que não era o momento de quebrar o sigilo do dirigente, mas foi voto vencido. O colegiado também aprovou a quebra de sigilo do empresário do setor de turismo e eventos, Wagner José Abrahão, parceiro da CBF.
Foram convocados para depor na CPI os empresários Kléber Leite e Cristian Corsi. Leite é presidente da Klefer, empresa de marketing esportivo. Corsi é executivo da Nike no Brasil, empresa que fornece material esportivo para a Seleção Brasileira. O presidente do Vasco, Eurico Miranda, por sua vez, foi convidado. A diferença entre convocação e convite é que os convocados são obrigados a comparecer à comissão.
O colegiado, no entanto, não aprovou a convocação de Del Nero e do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira. Segundo Romário, as investigações precisam avançar para que isso aconteça. “Mas vocês podem ter certeza, a palavra dada será a palavra cumprida, eles, por minha parte, serão sim convidados a vir à CPI, porque são pessoas que têm muito a nos contar sobre o futebol brasileiro”, disse.
A CPI também aprovou o pedido à CBF para ter acesso aos contratos referentes aos amistosos da Seleção Brasileira dos últimos dez anos. Em maio deste ano, o jornal O Estado de S.Paulo revelou contratos comerciais da CBF com seus parceiros. De acordo com as reportagens, a entidade “vendeu” a Seleção Brasileira a representantes. As reportagens foram assinadas pelo correspondente do jornal em Genebra, Jamil Chade, que participou da audiência da CPI na terça.
Viagem
Também foi definido que um grupo viajará aos Estados Unidos para ouvir detidos no escândalo da Fifa – empresários e dirigentes presos em Zurique no dia 27 de maio. A CPI espera ouvir a procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, que lidera as investigações as denúncias de corrupção contra a Fifa. A comissão também convidou o jornalista inglês Andrew Jennings, autor de livros sobre corrupção na Fifa, a colaborar com as apurações.