A cada dia vem aumentando o número de casais que aderem a reprodução assistida, conhecida também, como reprodução humana. No Brasil, são 500 nascimentos por mês, o que representa 0,2% dos nascimentos. Na Europa, esse número se eleva para 6%. E o principal motivo dessa elevação é o aumento da infertilidade nos casais, que varia de 10% a 15% no país.
A vida moderna tem contribuído para diminuição nas taxas de gravidez. A preocupação é com a vida profissional. Hoje em dia, percebesse que a maior parte das mulheres está focada na especialização dos estudos e o sucesso na carreira profissional, o que retarda a maternidade. O desejo de reprodutividade é tardio, além das separações conjugais, é o que revela o especialista em reprodução humana, pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, doutor Palmério Pacheco.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, o que envelhece na mulher é o ovário. A mulher nasce com todos os óvulos que vai utilizar durante a sua vida. Ela nasce com cerca de um milhão, dois milhões de óvulos. Aos 35 anos de idade, essa quantidade passa pra 50 mil. Então, biologicamente, a mulher deveria engravidar dos 20 aos 25 anos. É a idade ideal para se ter a primeira gravidez.
A taxa de gravidez nas mulheres de 20 a 24 anos na concepção de um ano é de 86%. Nas de 25 a 29 anos, essa taxa cai para 78%, entre as de 30 a 34 anos, a taxa vai para 63%. De 35 a 39 anos, chega a 52%. Antes, as brasileiras ficavam grávidas entre os 20 e os 29 anos. Só que, nos últimos tempos, vem caindo o número de mães nessa faixa etária e crescendo a turma que engravida dos 30 aos 39 anos. Para a reprodução humana, são utilizadas duas técnicas a de baixa complexidade e baixo custo e a de alta complexidade e alto custo. A primeira é o coito programado, em que são utilizados medicamentos para estimular e injeções na produção dos folículos da mulher, depois, é programado o dia que o casal deve ter relação sexual.
A inseminação intrauterina consiste na colocação do sêmen preparado na cavidade uterina, após a estimulação da ovulação na mulher. A alta complexidade se divide em fertilização in vitro e a injeção intracitoplasmática de sptz (ICSI). “São realizadas quando os casais já tentaram técnicas anteriores e não deram certo, então partimos para essas outras, a in vitro e a ICSI, nesta última as chances são maiores”, concluiu o especialista Pacheco.
A fertilização in vitro é mais convencional e já está sendo menos utilizada, pois as chances de fertilização chegam a 30%, enquanto na injeção intracitoplasmática as chances são de 80%. Na Clínica Eva, este método é mais utilizado pelo doutor Pacheco, pois consiste em injetar o espermatozoide diretamente dentro do óvulo, em um procedimento feito no laboratório. Após a fecundação, há o congelamento com temperatura de 196°C negativos, com o armazenamento em nitrogênio líquido, onde pode ficar por tempo indeterminado. Após a formação do embrião, ocorre a transferência para o útero, sendo que não precisa de anestesia para esse procedimento.
De acordo com Pacheco, uma vez que a mulher engravidou, o procedimento é o mesmo de uma gravidez natural. “Nos dois primeiros meses, há utilização de medicamentos para diminuir as chances de abortamento”, enfatizou.