CRISE ENERGÉTICA

Proibição de lâmpadas incandescentes força economia e ajuda a minimizar crise energética

Retirada das lâmpadas incandescentes do mercado deve refletir nas contas de energia e gerar economia de 20%

divulgação

Em busca de meios de reduzir os gastos com a conta de luz, a retirada do mercado das lâmpadas incandescentes força o consumidor a economizar. Proibidas de ser vendidas há pouco mais de um mês, os antigos modelos consomem até 85% mais no comparativo com as lâmpadas LED. Traduzindo para os efeitos na conta de luz, numa residência com cinco lâmpadas a redução aproximada é de 20%, considerando o gasto médio do mineiro de 130kWh, segundo a Cemig. No ano, a economia com energia é de R$ 176,28 (mais impostos), valor suficiente para pagar mais de dois meses da fatura.

De olho na economia proporcionada pelos modelos econômicos, o consumidor já prefere substituir as lâmpadas antigas pelas LED. A unidade mais moderna, com potência de 9W – ou a fluorescente de 15W –, em termos de luminosidade, compara-se a uma de 60W incandescente. Isso motivou o veto ao último modelo. Com baixa eficiência energética, as lâmpadas consomem muita energia para gerar pouca luz. No ano que vem, a lâmpada de 40W também será proibida. Com isso, a estimativa do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) é gerar economia de 2,2 bilhões de kWh por ano.
No ano, segundo o IBGE, a energia elétrica teve alta de 43,68% em Belo Horizonte, o que contribui para o consumidor procurar formas de economizar. “O brasileiro está mais consciente por causa da falta de água nos reservatórios. Mas, neste ano, a situação econômica induz à compra das lâmpadas. O que fala mais alto é a parte financeira”, afirma o gerente de Marketing das lojas Othon de Carvalho Material Elétrico, Rodrigo Carvalho, sobre a necessidade de reduzir o consumo para se diminuir o custo do item no orçamento doméstico.
Eficientes
Nas lojas, com a proibição da venda, as LED são opção de 60% dos consumidores. O restante leva a fluorescente para casa. “Além de mais eficiente, a LED permite adaptação a várias luminárias. Ela tem mais opções de formato, enquanto a fluorescente tem um formato mais rígido”, afirma o gerente de Marketing da empresa, Rodrigo de Carvalho. Segundo ele, apesar de ter um custo três vezes maior que a fluorescente, a LED tem vida útil de 15 mil horas (ou mais), enquanto a outra dura cerca de 6 mil horas.
O analista de comercialização da Cemig Ranieri César Leite Coelho afirma que a proibição da comercialização das lâmpadas incandescentes terá forte impacto sobre o sistema. A companhia energética estima que 16 milhões de lâmpadas incandescentes ainda estejam em uso no estado. Apenas a substituição por modelos fluorescentes deve gerar economia suficiente para alimentar um município do porte de Contagem, terceira maior cidade de Minas Gerais. “Além de o consumo ser quatro vezes menor, a vida útil é muito maior. Isso permite ao consumidor recuperar o investimento rapidamente”, afirma. Pelos cálculos da estatal, aproximadamente dois meses depois de substituir as lâmpadas o consumidor já cobre o valor mais caro do produto em relação ao antigo.
Em Minas, o consumidor residencial gasta, por mês, 130kWh. A conta: R$ 73,41 mais impostos. A troca das lâmpadas antigas (considerando cinco unidades) por mais econômicas resulta em redução de 20%. Ao mês, a economia é de R$ 14,69.
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