Ela está de férias do Teatro Bolshoi, mas entre momentos com a família e os amigos, a bailarina Bruna Fernanda Cantanhede Gaglianone está marcando presença nas academias dos amigos e professores que aqui deixou. Se a dança está no sangue, nada mais natural do que praticá-la no lazer, no trabalho e, ao mesmo tempo, matar as saudades do tempo que morava por aqui. Bruna Gaglianone, bailarina do Teatro Bolshoi há três temporadas (iniciando a quarta em setembro), tem 24 anos, nasceu no município de Caxias e, aos 8 anos, iniciou os estudos de balé clássico em São Luís. Com 12 anos, por incentivo de sua professora de balé, realizou o exame de seleção da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Foi aprovada em primeiro lugar e ganhou uma bolsa de estudos por um período de um ano e, então, se mudou para Joinville/SC.
Em 2011, quando ela e o bailarino Erick Swolkin – depois de enviarem um vídeo – foram convidados a integrar o corpo de baile do Teatro Bolshoi em Moscou, ela começou a realizar seu sonho de infância, depois de um árduo trabalho de aperfeiçoamento e maturidade cênica. Foram oito anos na Escola do Bolshoi (em Joinville/Santa Catarina) e mais preparação anos antes, para, então, fazer parte da trupe permanente, algo almejado por todos.
O primeiro ano foi muito difícil, pois não conhecia a língua, não estava acostumada com o frio e não dançava com frequência, pois era novata e por lá tudo acontece muito rápido. “Muitas vezes temos um ensaio e depois apresentação, por isso, é difícil para todos os bailarinos novos conseguirem o seu lugar. Aos poucos, eles foram ganhando confiança em nós e hoje fazemos parte de todos os Ballet do Theatro”, afirma Bruna.
Como papéis de destaque, Bruna já dançou: Boneca Árabe no Ballet O Quebra Nozes, Rubi e 4 solistas de Diamante – Joias de Balanchine, Fúria de Chamas de Paris, Pas de Six do Ballet Sylphida além de Pas d’action de Giselle e seis solistas do primeiro ato de Spartacus, esses dois últimos ela apresentou em junho no Rio de Janeiro e São Paulo durante a turnê do Ballet no Brasil. Além de Bruna e Erick, o Bolshoi possui de bailarinos estrangeiros, uma da Coreia, um japonês e outra brasileira Mariana Gomes. A seleção de Bruna foi a primeira que o Teatro Bolshoi abriu para dançarinos estrangeiros.
Determinação
No segundo ano na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil Bruna ganhou o Prêmio Galina Ulanova, dedicado a jovens talentos do balé em todo o mundo – e, dessa forma – conquistou uma bolsa de estudos para os anos seguintes. Recebeu o Prêmio em Moscou, onde pela primeira vez dançou no palco do Teatro Bolshoi. Nesse mesmo ano, seu pai conseguiu a transferência do seu trabalho e se mudou para Joinville/SC.
Durante os seis anos seguintes, Bruna continuou estudando e se dedicando ao balé. Em 2009 se formou, e logo foi convidada para a Companhia Jovem da Escola do Theatro Bolshoi no Brasil. Em 2011 passou a integrar o corpo de baile do Teatro Bolshoi em Moscou.
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