A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, recebeu hoje representantes do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) para discutir a regulamentação da indicação geográfica da bebida.
A regulamentação, segundo os representantes do setor, protege e agrega valor ao produto. Segundo Carlos Lima, diretor executivo do Ibrac, o Decreto 4.062/2001 instituiu a cachaça como produto brasileiro, mas ainda precisa de instrumento legal que defina as regras a serem cumpridas pelos produtores.
Ele acredita que a regulamentação também deve contemplar a criação de um conselho gestor e definir penalidades e sanções a quem descumprir as normas do uso da indicação geográfica. “A definição de regras vai alavancar o setor à medida que reconhecerá nossa bebida no mundo, evitando o uso indevido da marca em outros países”, afirmou.
A ministra determinou que a consultoria jurídica do ministério analise o assunto, e convidou o Ibrac a participar da missão oficial que ela vai fazer a países da Ásia, no próximo mês, a fim de conquistar novos mercados no exterior.
“Tenho o maior interesse em ajudar o setor, que admiro muito. Vamos divulgar, sim, a cachaça em nossas missões internacionais, e valorizar essa marca genuinamente brasileira”, ressaltou.
De acordo com dados do Ibrac, o Brasil produz 700 milhões de litros de cachaça por ano, com movimentação de R$ 1,4 bilhão. O total exportado, porém, é de apenas 10 milhões de litros, equivalentes a US$ 17 milhões – em torno de R$ 60 milhões pelo câmbio de hoje.