ANIVERSÁRIO

Grande mestre do bandolim, Amilar completaria 100 ano hoje

  Nascido na cidade de Pinheiro, em 15 de agosto de 1915, completa 100 anos de nascimento, hoje, o multi-instrumentista Amilar Arthur Costa Brenha, que se notabilizou no Maranhão como um dos grandes mestres do bandolim. Aos 11 anos de idade, ele já se apresentava em emissoras de rádio, teatros e circos, onde teria como […]

 
Nascido na cidade de Pinheiro, em 15 de agosto de 1915, completa 100 anos de nascimento, hoje, o multi-instrumentista Amilar Arthur Costa Brenha, que se notabilizou no Maranhão como um dos grandes mestres do bandolim. Aos 11 anos de idade, ele já se apresentava em emissoras de rádio, teatros e circos, onde teria como inspiração o virtuoso músico e amigo Laquimé.
Foi no circo que pôde mostrar seu talento, a partir de 1926, não só como instrumentista, mas também como palhaço e atuando em comédias e dramas. Mudou-se aos 15 anos para São Luís, onde ampliou seus conhecimentos de violão e aprendeu banjo, rabecão, violão tenor, cavaquinho e bandolim, com o qual conquistaria fama.
Na capital, Amilar juntou-se a grandes músicos que tocavam em bailes e clubes. Entre eles, Chaminé (acordeom), Jorge Cego (trombone), Agnaldo (violão), Vital (bateria), Roque (rabecão), Hemetério (violino), que também alegravam as boates tradicionais da ZBM, como Monte Carlo, Cristal, Bela Vista, Casablanca, e as madames Maroca, Lili, Zilda… Depois curavam a ressaca no Hotel Central.
Viajando pelo norte do país com o Circo Teatro Íbis, o artista chegou até o Território Federal do Amapá. Para lá retornou no início de julho de 1958 no Rebocador Araguary, pondo um fim nas atividades circenses. Arranjou emprego na Companhia de Eletricidade do Amapá, guardou o bandolim, mas continuou participando com seus amigos das rodas seresteiras como violonista.
Em fevereiro de 1965, deixou a CEA e foi trabalhar na Prefeitura do município de Mazagão, ocupando os cargos de capataz, auxiliar administrativo e almoxarife. A essas alturas, seus dotes com o cavaquinho e o bandolim já tinham sido descobertos pelos seus colegas de trabalho, que sempre o convidavam para festividades públicas.
Candidatou-se e elegeu-se vereador pelo Movimento Democrático Brasileiro-MDB, em 1972, tomando posse no ano seguinte, mas em 1976 renunciou ao mandado, descontente com o partido. Nesse mesmo ano foi convidado a ministrar aulas de violão na Escola Estadual D. Pedro I, o que iria compensar os baixos e atrasados salários da Prefeitura.
Para melhorar sua escolaridade, Amilar fez vários cursos na área da música e do folclore, capacitando-se para o Magistério de 1ª a 5ª séries do 1º Grau, em 1980, por meio do Instituto de Educação do Território do Amapá, tendo recebido o registro de professor.
No Amapá integrou o conjunto de Aimoré Batista e os grupos de choro “Os Piriricas”, “Café com Leite” e o “Regional E-2”, da Rádio Difusora de Macapá, sempre tendo como fiel escudeiro o violonista Nonato Leal. Em 1986, com o apoio do governo do estado, gravou um disco em vinil com 12 músicas suas, entre outras, Piririca no Choro, Laquimé, Choro Café com Leite, Capitão Boca Torta e Mazagão no Choro.
Amilar Arthur Brenha sofria com as complicações do diabetes, que chegou a afetar seu olho direito. Faleceu em Macapá no dia 20 de abril de 1991.
Desde maio deste ano, o Projeto “Macapá no Choro”, reunindo músicos do grupo “Pau e Cordas” e seus convidados, vem realizando apresentações semanais no espaço cultural Casa do Chorinho para comemorar o centenário de Amilar, reconhecido como o precursor do choro no Amapá. No Maranhão, até agora, não foi lembrado.
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