Contas a ajustar

As eleições municipais de 2016 estão a treze meses, e a temperatura nos municípios já levanta fervura. No Brasil, as unidades municipais somam 5.570, cada qual com um prefeito e um vice. Já as câmaras legislativas acomodam um exército gigantesco de 59.500 vereadores, eleitos em 2012, todos já empenhados em se aproximar do eleitorado buscando […]

As eleições municipais de 2016 estão a treze meses, e a temperatura nos municípios já levanta fervura. No Brasil, as unidades municipais somam 5.570, cada qual com um prefeito e um vice. Já as câmaras legislativas acomodam um exército gigantesco de 59.500 vereadores, eleitos em 2012, todos já empenhados em se aproximar do eleitorado buscando um novo mandato, que pode até sofrer redução ou aumento de tamanho, conforme a proposta de reforma política aprovada em parte pela Câmara dos Deputados.
A pergunta que todos fazem é: “Vale a pena ser prefeito?”. Se se observar pelo número desses gestores envolvidos em diferentes crimes, principalmente em corrupção, omissão e improbidade, poucos serão os capazes de responder sim. E quando a mesma indagação vem acrescida do adjetivo “bom”, aí mesmo é que fica complicada. No Maranhão nunca se prendeu, cassou, afastou, denunciou e investigou tantos prefeitos como na “safra” eleita em 2012.
Está claro que os eleitores premiam ou punem os ocupantes da prefeitura com base na gestão fiscal. Há uma constatação científica de que eleitores são desinformados e com pouco conhecimento político. Assim, os cidadãos tomam decisões eleitorais míopes. Por outro lado, a literatura sobre o processo eleitoral, sobretudo do voto retrospectivo, defende que, embora eleitores possuam informações incompletas, suas decisões eleitorais são competentes, logo, premiam ou punem políticos/partidos de acordo com o seu desempenho.
Hoje existe uma gama de informações que circulam facilmente no meio social sobre os gestores públicos. No caso das prefeituras, essas informações chegam mais rápido por se tratar da relação mais estreita do gestor com a população. Afinal, é nos municípios onde tudo acontece. De bom e de ruim. Assim como a possibilidade de o cidadão fiscalizar mais o dinheiro que paga em impostos. Alheios a esses fatos, os políticos preferem minimizá-los conforme seus interesses e até subestimar a capacidade do cidadão e dos órgãos de controle de exercerem o seu papel, além do Poder Legislativo.
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